Gestor da BS Bios é premiado como Executivo de Finanças do Ano

Responsável por criar uma empresa que produz biodiesel a partir de fontes renováveis e cujo faturamento deve atingir R$ 3 bilhões este ano, Erasmo Carlos Battistella ganhou o prêmio de Executivo de Finanças do Ano. Diretor-presidente da BS BIOS, ele recebeu o troféu O Equilibrista - oferecido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-RS) - na noite de sexta-feira, no Grêmio Náutico União, na Capital.

Primeira empresa brasileira a exportar biodiesel, a BS BIOS foi criada em Passo Fundo em 2005 e produz a sua matéria-prima a partir de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais. Battistella afirmou que o prêmio é reconhecimento ao trabalho da empresa, que conseguiu superar a crise econômica que atingiu o país e garantir um faturamento expressivo este ano.

Sobre o momento atual, o executivo reforça que é preciso 'arregaçar as mangas' e enfrentar a crise de frente. "Não adianta esperar as condições perfeitas (econômicas) que elas não vão vir para os negócios. Precisamos nos adaptar às condições que têm e trabalhar mais para superar desafios", avaliou Battistella, que conta com 360 funcionários. "Se nós, empresários, vamos esperar as condições perfeitas para ter negócio, nunca vamos ter um negócio", acrescenta.

Presidente-executivo do IBEF-RS, Marcos Fritzen explicou que a 32ª edição do prêmio recebeu inscrições de projetos desenvolvidos em empresas. A escolha dos principais cases ocorreu a partir de avaliação de representantes de auditorias independentes. "Erasmo é uma pessoa jovem, um empreendedor tocando uma empresa que é gigante, que fatura mais de R$ 3 bilhões", observa. "Ele é o símbolo daquele RS que está funcionando, que não está olhando para a crise", ressalta.

Fritzen salienta que a premiação visa reconhecer grandes negócios e executivos que promoveram grandes reestruturações nas suas empresas. E relembra as dificuldades enfrentadas pela BS BIOS e a retomada do crescimento. "Houve um momento que estava chegando a entrar numa situação extremamente ruim financeiramente, com a empresa endividada. Ele arregaçou as mangas, fez a lição de casa, voltou a investir, recuperou a empresa e voltou a gerar emprego e resultado", conclui.