Governo vai revisar para baixo projeção do PIB em 2013

Governo vai revisar para baixo projeção do PIB em 2013

Mantega descartou novas medidas de estímulo após crescimento de 0,6% no primeiro trimestre

AE

Mantega comenta crescimento de 0,6% de PIB

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que "certamente" o governo vai rever para baixo a projeção de alta de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Essa é a proposta que consta no Orçamento de 2013. O ministro foi provocado pelos jornalistas a fazer uma nova previsão, mas Mantega não quis, destacando apenas que a economia brasileira começou o ano de 2013 "muito melhor do que no ano passado". "Se tivermos trajetória semelhante à do ano passado estaremos bem e poderemos atingir taxa (de crescimento) satisfatória este ano", afirmou ao comentar o crescimento de 0,6% do PIB no primeiro trimestre.

O ministro destacou que o governo vai rever a projeção de PIB no próximo relatório de reprogramação orçamentária. "Certamente iremos rever quando fizermos o próximo relatório". O ministro Segundo ele, é preciso "olhar" os trimestres sucessivos para fazer uma avaliação. "Não dá para olhar um trimestre só. Estamos no meio do segundo trimestre e os dados são muito bons, abril está fechado e quase todos os indicadores são positivos, como papelão ondulado", avaliou.

Mantega antecipou que a atividade acelerou em abril e provavelmente em maio. Ele ponderou ainda que houve uma melhora do mercado de capitais, com vários lançamentos de IPOs, o que, na sua avaliação, mostra que a confiança no País está melhorando. O ministro ressaltou ainda que o fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) para o Brasil é um dos maiores do mundo. Segundo ele, as captações das empresas no exterior estão indo muito bem. "Petrobras e Banco do Brasil, o mercado está vendo de forma mais positiva", disse Mantega. Na sua avaliação, a bolsa brasileira no último mês teve comportamento bom, melhor que em outros países. "O ambiente econômico está melhorando no País", avaliou.

Medidas de estímulo

Mantega afirmou que o governo não pretende adotar novas medidas de estímulos ao consumo e ao investimento. Segundo ele, os estímulos ao investimento estão todos em cima da mesa e as empresas estão aumentando seus investimentos. Mantega lembrou que alguns estímulos foram retirados no primeiro trimestre, de modo que o consumo não deverá ser o carro chefe da economia. "Queremos que seja o investimento e que tenha recuperação do investimentos", afirmou.

O ministro disse que a recuperação do investimento é o mais difícil, mas isto está acontecendo. "Conseguimos despertar os investimentos e isso deve continuar nos próximos anos porque o volume de investimentos vai subir no Brasil com o programa de concessões", afirmou. Segundo Mantega, não haverá novos estímulos porque as medidas já tomadas continuarão surtindo efeito, como o programa de concessão e a desoneração da folha de salários das empresas. "A desoneração começou em 2012, mas agora são mais setores que começaram em janeiro e, assim, igualmente para outras medidas cuja eficácia vai ser sentida ao longo do ano".

Desoneração e juros


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou também que o governo deverá colocar emendas sobre desoneração da folha na medida provisória 609. Essa será a solução para garantir que entrem em vigor as medidas de desoneração da folha de diversos setores, que constavam na MP 605, que não foi votada pelo Senado. "Podemos colocar em vigor imediatamente a parte de desoneração e respeitar a noventena para cobrança do tributo sobre o faturamento", explicou, ao ser questionado sobre a demora que pode ocorrer após a decisão do Senado de não votar a MP, atrasando o início das desonerações.

Segundo o ministro, a política monetária evoluiu muito nos últimos anos e não é preciso olhar as taxas de juros de curto prazo. A afirmação foi feita em função de uma pergunta sobre o impacto da possível alta da Selic no atividade econômica. "A política monetária é favorável aos investimentos e à atividade econômica", disse. Mantega comentou ainda que a presidente Dilma Rousseff ficou muito satisfeita com o resultado do investimento no PIB do primeiro trimestre. "Isso significa crescimento de qualidade", reafirmou.


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