Grécia apresentará propostas "confiáveis" de reformas na quinta, garante premiê
Alexis Tsipras falou diante do Parlamento Europeu
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Tsipras garantiu que o objetivo do seu governo não é "procurar o confronto com a Europa". Na cúpula, realizada na véspera em Bruxelas, foi estabelecido um prazo limite até domingo para ser fechado um compromisso entre Grécia e credores. Assumindo a responsabilidade pelos últimos cinco meses e meio desde que assumiu o cargo de primeiro-ministro, Tsipras sustentou que todos devem "reconhecer que a responsabilidade básica do impasse em que a Grécia e a zona euro estão neste momento não se deve apenas aos últimos cinco meses e meio, mas aos últimos cinco anos e meios, com programas que falharam" e que não distribuíram de forma equitativa "o fardo" dos sacrifícios.
"As propostas do governo grego não serão concebidas para serem mais um fardo para os contribuintes europeus", disse o premiê, lamentando que "até agora" o dinheiro emprestado à Grécia pelos seus parceiros (no quadro dos dois programas anteriores de resgate) nunca tenha chegado aos cidadãos comuns, às mulheres e homens gregos, tendo antes sido utilizado "para salvar bancos". Já o presidente do Conselho Europeu e das cúpulas do euro, Donald Tusk, sublinhou que está diante de uma "corrida contra o tempo", pois "a realidade é que só restam quatro dias para se alcançar um acordo definitivo". "Tenho evitado falar em datas-limite, mas a verdade é que a data-limite é esta semana", disse Tusk.
Alertando que um novo fracasso nas negociações conduzirá "ao pior cenário possível", O dirigente advertiu que o fracasso vai "afetar a Europa, do ponto de vista geo-político", e quem acreditar que esse não é o caso, "é ingênuo".