Guedes diz que situação econômica mundial vai se agravar bastante

Guedes diz que situação econômica mundial vai se agravar bastante

Ministro da Economia argumentou que há três motivos para piora no quadro; ele comparou cenário a um mar turbulento

R7

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que a economia mundial vai passar por um momento ruim. "É um mar turbulento e acho que não vai melhorar tão cedo. Acho que vai se agravar bastante a situação econômica mundial", disse o titular durante o 5º Fórum de Investimentos Brasil 2022, em São Paulo.

O ministro argumentou que há três razões por essa avaliação. Segundo Guedes, o primeiro motivo é a pressão competitiva feita pela Ásia. "Enquanto o Ocidente desfruta de sua riqueza, dando férias de seis meses, dando aposentadoria generosa antes da hora, o outro lado do mundo trabalha 24 horas por dia, compete, não tem encargos trabalhistas e estão avançando. Depois de 30 anos, essa arbitragem de trabalho barato acaba", disse.

"Enquanto tem gente para contratar com mão de obra mais barata no outro lado do mundo, não tem a pressão nos salários do lado de cá. Acabou essa arbitragem e os salários estão aumentando no mundo inteiro", completou.

O segundo argumento utilizado por Guedes é a pandemia de Covid-19, e o terceiro, a guerra entre a Rússia e Ucrânia. "A parte ruim da crise é que vai lamber lá fora. A inflação vai subir muito, vai ter recessão, o sistema político vai continuar sob pressão. As bolsas caindo, muita crise, muita dificuldade lá fora. Ao mesmo tempo, tem uma oportunidade", relata.

Inflação

A inflação brasileira em 2021, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), deve ser a terceira mais alta entre as principais economias do mundo, ficando apenas atrás da Argentina e da Turquia, conforme levantamento da economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, a partir de dados da plataforma CEIC Data.

O IPCA ficou em dois dígitos em 2021, com alta de 10,06%, o maior aumento desde 2015 (10,67%). O índice superou em muito o teto da meta de inflação (5,25%) – o centro era de 3,75%. O desvio em relação à banda superior do objetivo a ser perseguido pelo Banco Central foi o maior em quase 20 anos, uma vez que em 2002 o "estouro" foi de mais de 7 pontos percentuais.


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