Economia

Haddad: determinação de Lula e Trump é virar página equivocada na relação entre Brasil e EUA

Ministro confia em ambiente distensionado entre países para uma conversa produtiva sobre tarifaço

Haddad: determinação de Lula e Trump é virar página equivocada na relação entre Brasil e EUA
Haddad: determinação de Lula e Trump é virar página equivocada na relação entre Brasil e EUA Foto : Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (7) que pode haver espaço para um encontro com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, durante sua viagem aos EUA na próxima semana. Ele participa do programa "Bom Dia, Ministro", da EBC, ligada ao governo.

"Eu ainda não me movi e devo fazer até o final da semana para saber da disponibilidade de Bessent, do interesse ou se o Marco Rubio vai estabelecer um contato com o Mauro Vieira antes disso. Eu não sei qual é o protocolo que eles vão seguir", declarou.

Haddad comemorou o telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, disse que foi uma conversa muito positiva e que a determinação de ambos os chefes de Estado foi de virar essa página de tensão entre os países, a qual ele avaliou como "equivocada".

"Acredito que vai distensionar e abrir espaço para uma conversa franca, uma conversa produtiva", afirmou. Segundo ele, há muitas oportunidades de investimento norte-americano na América do Sul, que tradicionalmente é deficitária com os EUA. Ele citou como exemplos de investimentos possíveis a exploração de terras raras e projetos de transformação ecológica.

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Haddad comentou ainda que não faz sentido um ambiente de tensão entre Brasil e Estados Unidos, assim como a taxação dos produtos brasileiros. "Os EUA só têm superávit com três países: Inglaterra, Austrália e Brasil. Não faz muito sentido o nosso País ser tarifado”, argumentou.

O ministro garantiu ainda que o governo não vai mudar a estratégia sobre como lidar com os Estados Unidos porque, para ele, o atual método está funcionando.

"Nós não vamos mudar a estratégia porque a estratégia, na minha opinião, tem dado certo", disse. E completou: "Estamos tão confiantes nos nossos argumentos, que eles vão se fazer valer, através da nossa diplomacia".

Segundo Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca uma reaproximação com os EUA que não é ideológica.

O ministro minimizou a escolha de Donald Trump pelo Secretário de Estado, Marco Rubio, para ser o interlocutor com o Brasil. Para ele, independentemente do negociador, a diplomacia brasileira - que classificou como "melhor do mundo" - vai superar esse momento.

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