Haddad volta atrás e diz que governo não vai taxar comércio eletrônico

Haddad volta atrás e diz que governo não vai taxar comércio eletrônico

Segundo o ministro da Fazenda, o recuo na decisão foi determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva

R7

Ação de Bolsonaro contra Haddad tinha sido aberta em 2018

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou atrás e afirmou nesta terça-feira que o governo não vai acabar com a isenção de imposto sobre encomendas internacionais de até US$ 50 (cerca de R$ 250), benefício exclusivo para envio entre pessoas físicas. Segundo Haddad, o recuo na decisão foi determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"O presidente pediu para tentar resolver isso administrativamente, usar o poder de fiscalização da Receita Federal sem a necessidade de mudar a regra atual porque estava gerando confusão de que isso poderia prejudicar as pessoas que, de boa-fé, recebem encomendas do exterior até esse patamar", afirmou. 

A decisão é uma volta atrás do anúncio feito pelo governo na semana passada de que o país cobraria impostos sobre todos os produtos de qualquer valor, como forma de coibir possíveis fraudes.

 

 

Fim da isenção

A Receita Federal havia informado que a dispensa do pagamento do tributo de importação nunca se aplicou ao varejo online e vinha sendo usada de maneira fraudulenta por algumas empresas estrangeiras.

A ideia do governo seria taxar as compras de gigantes varejistas asiáticos, como AliExpress (do Alibaba Group), Shein e Shopee, que vendem produtos importados a preços baixos, conquistando boa parte do mercado brasileiro.

Isso seria possível, segundo a Receita, porque os produtos vendidos por algumas dessas plataformas de comércio eletrônico chegam aos consumidores brasileiros como se tivessem sido enviados por pessoas físicas do exterior, prática considerada como sonegação de impostos, baseada em informação falsa.

O fim da isenção impactaria diretamente os consumidores dessas empresas e outras marketplaces. A previsão era de que o cerco às companhias desse segmento gerasse R$ 8 bilhões por ano aos cofres públicos e, na avaliação de especialistas, a tendência seria de que os brasileiros pagassem mais caro para comprar os produtos.


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