IGP-M acelera para 1,38% em maio, após alta de 0,57% em abril, aponta FGV
Itens agrícolas, medidos pelo IPA Agropecuário, desaceleraram de 2,74% para 0,98%
publicidade
IPAs
O forte avanço verificado no IGP-M entre abril e maio foi influenciado pelos produtos industriais no atacado, que subiram de 0,03% para 2,32% no IPA Industrial. Por outro lado, os itens agrícolas, medidos pelo IPA Agropecuário, desaceleraram de 2,74% para 0,98% entre abril e maio. O aumento dos preços de combustíveis, que é alvo da greve dos caminhoneiros, fica claro no IGP-M.
A taxa de combustíveis e lubrificantes para a produção quase dobrou de abril para maio (5,32% para 10,35%), pressionando a variação dos Bens Intermediários, que avançaram de 1,16% para 2,60%. Contudo, é preciso ressaltar que o indicador captou os preços de 21 de abril a 20 de maio, não sendo influenciado pelos desdobramentos da paralisação, que têm causado encarecimento de alguns produtos e começou no dia 21 deste mês.
Entre as outras etapas de produção, Matérias-Primas Brutas também mostrou alta forte, passando de 0,44% para 3,32%. Os destaques, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), que calcula o indicador, foram as altas de minério de ferro (-9,53% para 10,97%), aves (-4,37% para 1,77%) e café em grão (-1,09% para 2,97%). Somente a etapa de Bens Finais desacelerou, de 0,50% para 0,27%, com contribuição de alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 2,50% para -6,43%.
Principais influências
Os combustíveis também estão entre as principais contribuições individuais para a alta do IPA em maio. O óleo diesel subiu de 8,36% para 12,98%, enquanto a gasolina automotiva avançou de 6,54% para 11,08%. Os outros itens que influenciaram mais a elevação do atacado no mês foram soja em grão (mesmo com a desaceleração de 6,52% para 5,67%) e farelo de soja (1,11% para 11,12%), além de minério de ferro. Já entre as principais influências de baixa nos preços do atacado neste mês estão cana-de-açúcar (0,15% para -3,05%), ovos (-0,84% para -9,28%), bovinos (-0,61% para -2,22%), mandioca (apesar da taxa mais alta, de -7,93% para -6,27%) e mamão (34,80% para -31,49%).