Inadimplência no RS bate recorde em abril

Inadimplência no RS bate recorde em abril

Nunca tantos gaúchos entraram para o grupo de endividados em um só mês, segundo levantamento realizado pela CDL Porto Alegre

Correio do Povo

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O Indicador de Inadimplência CDL Porto Alegre contabilizou, em abril, um novo recorde de pessoas com algum tipo de limitação de crédito, cheque ou protesto. O percentual chegou a 30,77% no Rio Grande do Sul e 33,68% em Porto Alegre. Estimativas próprias apontam que a população adulta negativada alcançou 2,756 milhões no Rio Grande do Sul  e 392,7 mil em Porto Alegre e, entre março e abril de 2023, 54,6 mil gaúchos ingressaram no grupo, sendo 8,4 mil porto-alegrenses.

A análise da entidade também mostra a maior variação em relação ao mês imediatamente anterior já registrada: +0,61 ponto percentual para o RS e +0,72 ponto percentual para a Capital. Os dados foram obtidos a partir da base de restritivos da Boa Vista SCPC, a maior disponível no Estado. Desde o início da série histórica levantada pela CDL POA, em fevereiro de 2022, os indicadores são os mais altos de inadimplência da população.

De acordo com o economista-chefe da CDL POA, Oscar Frank, os números do Indicador de Inadimplência refletem a conjuntura desafiadora para as famílias: “Além de não haver projeção de cortes da Taxa Selic no curto prazo, quaisquer efeitos de mudanças na política monetária, como o início de um ciclo de redução dos juros básicos, demoram de dois a três trimestres para se materializar efetivamente na economia real”.

O especialista explica ainda que, apesar da expectativa de continuidade da desinflação - aumento dos preços, mas em ritmo menos acelerado -, o processo deve ocorrer de maneira lenta e gradual: “A tendência, inclusive, é de que o IPCA em 2023 supere o de 2022, lembrando que, no ano passado, a PEC dos Combustíveis criou uma circunstância atípica, provocando forte deflação entre julho e setembro”.

O Núcleo Econômico da CDL POA indica que a previsão de crescimento deprimido do PIB brasileiro afeta o Rio Grande do Sul de forma desfavorável. Outros obstáculos são: os desdobramentos da estiagem sobre a safra de grãos em nível regional; a queda da demanda reprimida pelos segmentos que mais sofreram com a imposição do distanciamento social; e a diminuição da poupança acumulada desde o começo da pandemia.


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