Investidores da Alemanha pressionam por investigação independente na Volkswagen

Investidores da Alemanha pressionam por investigação independente na Volkswagen

Associação representa 25 mil acionistas no país

AE

Investidores pressionam por investigação independente na Volkswagen

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A maior associação de investidores da Alemanha, a DSW, pediu nesta segunda-feira uma investigação independente sobre as emissões da Volkswagen, no interesse dos acionistas da empresa. A DSW, que representa cerca de 25 mil investidores sediados no país, afirmou que apresentará uma moção na reunião geral anual da montadora, em junho, com o pedido de uma investigação independente, além da conduzida internamente pela montadora.

A investigação trataria especificamente do montante de dinheiro destinado pela Volkswagen para cobrir os custos do escândalo de emissões, que surgiu após a companhia admitir que instalou um software em quase 11 milhões de veículos que melhorava artificialmente o desempenho deles em testes de emissão de poluentes.

No mês passado, a Volkswagen informou que separou 8 bilhões de euros para recomprar os carros alvos da fraude e cerca de 7 bilhões de euros para potenciais acordos judiciais, multas e indenizações. A DSW afirmou que uma investigação é necessária para esclarecer se as provisões eram suficientes e garantir que controles e verificações tenham sido colocados em andamento para evitar novos escândalos no futuro. "Isso é algo que os acionistas certamente prefeririam ver estabelecido por um investigador independente, não pela própria Volkswagen", afirmou o presidente da entidade, Ulrich Hocker.

A associação disse que os custos adicionais inesperados podem ter um impacto negativo grave nos resultados da Volkswagen e portanto são do interesse dos acionistas da empresa. Os maiores acionistas - os herdeiros de Ferdinand Porsche, o Estado da Baixa Saxônia e o fundo soberano do Catar, que possuem juntos cerca de 92% do capital votante da empresa -, porém, têm resistido aos pedidos de uma investigação independente do escândalo. Quando o caso veio à tona, em setembro, os maiores acionistas apoiaram a decisão de que o escritório jurídico Jones Day, dos EUA, realizasse uma investigação. A gerência da Volks, porém, é que tem a palavra final sobre a divulgação dos resultados dessa apuração, que deve ser concluída até o fim do ano.

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