Investidores da Alemanha pressionam por investigação independente na Volkswagen
Associação representa 25 mil acionistas no país
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A investigação trataria especificamente do montante de dinheiro destinado pela Volkswagen para cobrir os custos do escândalo de emissões, que surgiu após a companhia admitir que instalou um software em quase 11 milhões de veículos que melhorava artificialmente o desempenho deles em testes de emissão de poluentes.
No mês passado, a Volkswagen informou que separou 8 bilhões de euros para recomprar os carros alvos da fraude e cerca de 7 bilhões de euros para potenciais acordos judiciais, multas e indenizações. A DSW afirmou que uma investigação é necessária para esclarecer se as provisões eram suficientes e garantir que controles e verificações tenham sido colocados em andamento para evitar novos escândalos no futuro. "Isso é algo que os acionistas certamente prefeririam ver estabelecido por um investigador independente, não pela própria Volkswagen", afirmou o presidente da entidade, Ulrich Hocker.
A associação disse que os custos adicionais inesperados podem ter um impacto negativo grave nos resultados da Volkswagen e portanto são do interesse dos acionistas da empresa. Os maiores acionistas - os herdeiros de Ferdinand Porsche, o Estado da Baixa Saxônia e o fundo soberano do Catar, que possuem juntos cerca de 92% do capital votante da empresa -, porém, têm resistido aos pedidos de uma investigação independente do escândalo. Quando o caso veio à tona, em setembro, os maiores acionistas apoiaram a decisão de que o escritório jurídico Jones Day, dos EUA, realizasse uma investigação. A gerência da Volks, porém, é que tem a palavra final sobre a divulgação dos resultados dessa apuração, que deve ser concluída até o fim do ano.