Juro do cheque especial vai a 324,9% e bate novo recorde em setembro, diz BC

Juro do cheque especial vai a 324,9% e bate novo recorde em setembro, diz BC

Encargos para este tipo de crédito continuam sendo os maiores há 22 anos

AE

Juro do cheque especial vai a 324,9% em setembro, diz BC

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A taxa de juros para o cheque especial, uma das principais linhas de crédito livre para pessoa física, bate novo recorde e avança de 321,1% ao ano para 324,9% em setembro, informou nesta quarta-feira o Banco Central (BC). Com o resultado, o patamar de juros cobrados nesse tipo de empréstimo continua como o maior da série iniciada em julho de 1994. Para o crédito pessoal, passou de 53,3% para 53,8% ao ano.

Para o crédito livre, a taxa subiu de 52,9% ao ano em agosto para 53,4% ao ano em setembro. No mesmo período do ano passado, o índice estava em 46,2% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 71,8% para 73,3% ao ano, de agosto para setembro, enquanto para pessoa jurídica, foi de 30,6% para 29,8% ao ano no mesmo período.

Para veículos, os juros passaram de 26,2% ao ano para 26,1% ao ano, de agosto para setembro. Em agosto de 2015, a taxa estava em 25,6%. Em 12 meses, a taxa apresenta alta de 0,5 ponto porcentual e, no ano, elevação de 0,1 ponto porcentual.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), subiu de 32,9% ao ano em agosto para 33,0% ao ano em setembro. Em setembro de 2015, estava em 29,3%.

Média diária

A média diária de concessões de crédito livre subiu 7,9% em setembro em relação a agosto, para R$ 11,8 bilhões, informou o BC. No crédito direcionado, a média avançou 1,9% na comparação mensal. Esse montante do crédito direcionado somou R$ 1,3 bilhão no mês passado. Em setembro de 2015, era de R$ 12,7 bilhões no caso de recursos livres e R$ 1,9 bilhão no de direcionado.

No acumulado do ano até setembro, a baixa é de 7,8% para os recursos livres e de 23,6% para o financiamento direcionado. Em 12 meses encerrados em setembro, as taxas são de, respectivamente, -6,0% e -22,4%.

Quando se junta o crédito livre mais o direcionado, a alta das concessões médias foi de 7,2% em setembro ante agosto, num total de R$ 13,1 bilhões. A média diária em setembro de 2015 era de R$ 14,6 bilhões. No acumulado de 2016, a baixa é de 9,7% e, em 12 meses até agosto, o recuo é de 8,1%.

Inadimplência

A taxa de inadimplência no crédito livre ficou em 5,9% em setembro, mesmo patamar de agosto (revisado), revelou o Banco Central. Em setembro de 2015, a taxa estava em 4,9%. Para pessoa física, a taxa de inadimplência ficou em 6,2% em setembro, também igual ao que foi registrado em agosto e ante 5,7% em setembro do ano passado. Para as empresas, ficou em 5,5%, igual ao mês anterior. Estava em 4,1% um ano antes. A inadimplência do crédito direcionado passou de 1,5% em agosto para 1,6% em setembro.

O dado que considera crédito livre mais direcionado mostra inadimplência de 3,7% em setembro, igual ao verificado em agosto. Um ano antes, a taxa estava em 3,1%. No cheque especial, o volume de calotes voltou a recuar, apesar de os juros dessa modalidade se situarem na maior marca desde o início do Plano Real, em julho de 1994. Estava em 16,1% em agosto e passou para 15,7% em setembro.

No caso de aquisição de veículos, o volume de calote seguiu em 4,6% de agosto setembro. No mesmo mês do ano passado, estava em 4,1%. Já no cartão de crédito, permaneceu em 8,2%, ante 8,0% de um ano antes.

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