Justiça tenta novos meios para notificar Iesa sobre suspensão de demissões
Decisão prevê multa de R$ 100 milhões em caso de descumprimento
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Por carta precatória, o juiz responsável pelo caso no Rio Grande do Sul encaminhará um documento a um juiz responsável pela comarca onde a empresa tem sede - Rio de Janeiro - para que o réu seja comunicado oficialmente sobre a decisão judicial. Por edital a situação é mais demorada, já que depende de publicação em jornal.
Desde às 7h desta segunda-feira, dois oficiais de justiça estavam em frente à fábrica da empresa, em Charqueadas, para a notificação. A ação foi impetrada pelo MPT na sexta-feira e prevê multa de R$ 100 milhões em caso de descumprimento. A decisão obriga a Iesa a reverter a decisão e a encontrar uma solução para os funcionários que haviam sido desligados após a empresa ter perdido o contrato com a Petrobras por ser uma das investigadas na operação Lava Jato da Polícia Federal.
O prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar Souza, deve entregar decreto de calamidade pública, na tarde desta segunda-feira, ao Secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Edson Borba, em reunião no Palácio Piratini que também terá a participação do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Charqueadas. A expectativa é grande por parte dos trabalhadores. Eles querem propostas ou benefícios enquanto há impasse.
Para sexta-feira, o grupo de trabalhadores, por meio do sindicato, deve organizar uma paralisação total na cidade. O protesto servirá para mostrar o impacto que o fechamento da empresa vai causar no município. A empresa, que tem mais de mil trabalhadores e gera outros cinco mil empregos indiretos, já enfrentava dificuldades financeiras, tanto que entrou, recentemente, com pedido de recuperação judicial.