Justiça tenta novos meios para notificar Iesa sobre suspensão de demissões

Justiça tenta novos meios para notificar Iesa sobre suspensão de demissões

Decisão prevê multa de R$ 100 milhões em caso de descumprimento

Correio do Povo

Justiça tentou entregar documento quatro vezes

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A Justiça do Trabalho tenta encontrar um novo meio para notificar a fábrica da Iesa Óleo & Gás sobre a liminar da juíza do Trabalho da Vara de São Jerônimo, Lila Paula Flores França, que suspende a demissão em massa na empresa. Depois de tentar entregar o documento quatro vezes por meio de oficiais de Justiça, as principais opções agora são do envio de uma carta precatória ou de uma publicação de edital em veículos de comunicação.

Por carta precatória, o juiz responsável pelo caso no Rio Grande do Sul encaminhará um documento a um juiz responsável pela comarca onde a empresa tem sede - Rio de Janeiro - para que o réu seja comunicado oficialmente sobre a decisão judicial. Por edital a situação é mais demorada, já que depende de publicação em jornal.

Desde às 7h desta segunda-feira, dois oficiais de justiça estavam em frente à fábrica da empresa, em Charqueadas, para a notificação. A ação foi impetrada pelo MPT na sexta-feira e prevê multa de R$ 100 milhões em caso de descumprimento. A decisão obriga a Iesa a reverter a decisão e a encontrar uma solução para os funcionários que haviam sido desligados após a empresa ter perdido o contrato com a Petrobras por ser uma das investigadas na operação Lava Jato da Polícia Federal.

O prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar Souza, deve entregar decreto de calamidade pública, na tarde desta segunda-feira, ao Secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Edson Borba, em reunião no Palácio Piratini que também terá a participação do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Charqueadas. A expectativa é grande por parte dos trabalhadores. Eles querem propostas ou benefícios enquanto há impasse.

Para sexta-feira, o grupo de trabalhadores, por meio do sindicato, deve organizar uma paralisação total na cidade. O protesto servirá para mostrar o impacto que o fechamento da empresa vai causar no município. A empresa, que tem mais de mil trabalhadores e gera outros cinco mil empregos indiretos, já enfrentava dificuldades financeiras, tanto que entrou, recentemente, com pedido de recuperação judicial.

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