Líderes sindicais querem participar de banco dos Brics
Representantes dos trabalhadores esperam receber o mesmo tratamento dado aos empresários
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"Consideramos que as centrais sindicais dos países Brics deveriam estar representadas nos diversos grupos de trabalho, incluindo no Banco dos Brics, de forma a garantir que a dimensão da participação social nos Brics seja fortalecida", afirmam os sindicalistas dos cinco países.
No documento, os líderes sindicais clamam pelo reconhecimento institucional dos presidentes e primeiros-ministros. "Instamos aos chefes de Estado e governo a reconhecer o nosso fórum BRICS Sindical como um espaço institucional dentro da estrutura oficial do Brics, e expressamos assim nossa expectativa em receber o mesmo tratamento dispensado ao Conselho Empresarial".
O documento, denominado "Carta", também faz críticas à política econômica adotada pelos países ricos, como os Estados Unidos e as nações que fazem parte da União Europeia. "Não podemos aceitar fracassadas políticas de austeridade aplicadas na Europa e nos EUA como a única saída para a crise. As receitas advindas serviriam para ampliar o investimento no setor produtivo e na infraestrutura; nas áreas de educação, ciência e tecnologia; de formação e qualificação profissional, como forma de gerar mais empregos e melhores salários", dizem os sindicatos.
Entre os dirigentes sindicais estão os presidentes das três maiores centrais sindicais brasileiras: como Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Miguel Torres, da Força Sindical, e Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT). Além deles, também estão presentes dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Central Geral de Trabalhadores Brasileiros (CGTB). Há dirigentes de centrais e confederações de trabalhadores de Rússia, Índia, China e África do Sul.