Levy projeta trabalho em parceria com setor privado no BNDES
Futuro presidente do banco de fomento destacou programas de empréstimos para países mais pobres
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De acordo com Levy, os elementos fundamentais para alcançar essa meta foram: clareza de objetivos, métricas e transparência, além do ajuste de mecanismos para entregar o que é esperado. É uma experiência universal nos bancos que vão se reinventando, disse Joaquim Levy. “E, certamente, é o que o BNDES já iniciou.” Ele acrescentou que esse processo terá continuidade em sua gestão.
Sustentabilidade
No seminário, realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em parceria com o BNDES, chamou a atenção do futuro presidente do banco o entendimento da contribuição que a instituição precisa fazer e da prioridade que o Brasil tem que ter em termos de sustentabilidade, economia e educação. “São temas bastante centrais em qualquer economia que deseja progredir e vicejar no século 21. E, em particular, em um país como o Brasil, que tem o setor agrícola extremamente importante, nós temos que estar atentos às condições inclusive ambientais”. Nesse caso, Levy citou o impacto de eventos climáticos extremos e como isso pode levar a uma retroação do desenvolvimento, com impacto nos setores mais pobres.
Para Levy, nos países onde a agricultura tem grande peso, é preciso estar atento a qualquer mudança que possa vir e a suas implicações. É o que ocorre na educação, em que não há respostas fáceis e é preciso continuar insistindo.
Também na digitalização da economia, Levy ressaltou que há um caminho de aprendizado. Ele citou a criação de hubs (locais que favorecem o surgimento de novas ideias) de inovação pode atrair desenvolvedores diversos com foco no produto que o país deseja atingir e disse que tornar o setor público mais digitalizado pode contribuir para melhorar a entrega de serviços, baixando o custo, sobretudo em lugares ou setores em que haverá uma natural evolução demográfica, com muitas pessoas se aposentando. Segundo Levy, as soluções digitais são uma maneira de enfrentar o problema do déficit fiscal.
O futuro presidente do BNDES reconheceu a importância do setor de infraestrutura, que tem impacto na produtividade do país. “Hoje, vivemos um momento em que a busca pela competitividade, com concorrência pela abertura da nossa economia, dá espaço para o setor privado, para as empresas nacionais, poderem respirar”, argumentou.