Live do Corecon-RS relata quedas de PIB sem precedentes com a Covid-19

Live do Corecon-RS relata quedas de PIB sem precedentes com a Covid-19

Setores de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-18%) e agropecuária (-14,9%) foram os mais afetados no primeiro trimestre de 2020

Christian Bueller

Live relata quedas do PIB sem precedentes por conta da Covid-19

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Uma queda no PIB mundial sem precedentes de 4,9%, do Brasil de 9,1% e do RS de 9,5% em 2020. O Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (Corecon-RS) promoveu uma live para debater estes e outros efeitos da pandemia de Covid-19 nas economias gaúcha, no Brasil e no mundo. A chefe de Divisão de Indicadores Estruturais do Departamento Estadual de Estatística (DEE) e conselheira do Corecon-RS, Vanessa Neumann Sulzbach, e os pesquisadores do DEE Fernando Cruz e Martinho Lazzari foram os convidados.

Os efeitos no RS foram apresentados por Marinho Lazzari. Os setores de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-18%) e agropecuária (-14,9%) foram os mais afetados no primeiro trimestre de 2020. “A desaceleração da economia apresentada já em 2019, junto da estiagem e a da pandemia explicam o mau desempenho do Estado neste ano”, contextualizou o pesquisador. Plantações de milho, soja e fumo tiveram perdas expressivas, segundo a apresentação. Na indústria, couro, calçados, móveis, veículos e metalurgia foram os mais afetados.

Fernando Cruz abordou os efeitos da Covid-19 desde que a doença ainda era tratada como um tipo de pneumonia, na cidade chinesa de Wuhan, em dezembro do ano passado. “O comércio mundial caiu cerca de 3%. No primeiro trimestre, a China teve queda no crescimento de 9,8%. Já o Brasil, a diminuição foi 1,5% no mesmo período”, comentou Cruz. Os únicos setores que cresceram durante a pandemia fora os ligados à “sobrevivência”. “Os mercados venderam muito. O setor da celulose, com os estoques de papel higiênico, também foi beneficiado”, relatou. O pesquisador citou que o Brasil apresentará o menor crescimento dos últimos 120 anos por conta da pandemia.

Vanessa lidera o Grupo Técnico de Atividade Econômica, que também trata sobre o Índice Setorial para Distanciamento Controlado do governo do RS. A economista apresentou no encontro virtual como são colhidos os dados para as tomadas de decisões. Segundo ela, a evolução ou não da doença no Estado dependerá do quanto os gaúchos conseguirem evitar as aglomerações. “Não é uma dicotomia entre vida e economia, mas ponderamos entre a segurança de determinadas atividades econômicas e o impacto deste serviço no PIB do RS. Criar estes protocolos é algo em difícil”, explicou Vanessa. Ela lembrou que o comércio varejista é um dos setores mais impactados justamente pela grande incidência de contato entre as pessoas, o que acontece menos na indústria, por exemplo.


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