Lula acredita que UE receberá contraproposta do Mercosul nas próximas semanas

Lula acredita que UE receberá contraproposta do Mercosul nas próximas semanas

Presidente acredita que o acordo comercial entre os blocos seja fechado em 2023

AE e AFP

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, em Bruxelas, acreditar que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul será fechado em 2023. "Pela primeira vez estou otimista de que vamos concluir esse acordo ainda este ano", afirmou o presidente, em entrevista coletiva após a reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia (UE). 

Lula estimou um prazo de duas a três semanas para que os países do Mercosul apresentem à União Europeia (UE) uma contraproposta sobre o capítulo ambiental para um acordo entre os blocos. "A resposta brasileira está sendo discutida entre os quatro países (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e em duas ou três semanas entregaremos a proposta à União Europeia", disse.

O presidente voltou a criticar a carta adicional que a União Europeia apresentou durante as negociações, que classificou como "agressiva". "A carta que a Europa fez para o Mercosul ameaçava com punição se a gente não cumprisse determinados quesitos ambientais. E a gente disse para a União Europeia que dois parceiros estratégicos não discutem com ameaças, discutem com propostas", afirmou.

UE e Mercosul anunciaram um princípio de acordo em 2019, após duas décadas de negociações. Porém, rapidamente o processo ficou estagnado porque os europeus exigem um capítulo adicional ao acordo sobre questões ambientais.

Lula disse ainda que é como se a carta apresentada pela UE tivesse sido elaborada "por alguém pensando que se nos pressionassem nós cederíamos".

O presidente destacou que o Brasil já preparou uma resposta ao documento europeu. O texto está em discussão no âmbito do Mercosul e será entregue "daqui a duas ou três semanas" à União Europeia. "Volto para o Brasil feliz porque nós conseguimos um intento muito grande que foi restabelecer de forma madura as negociações com a União Europeia."

Lula voltou a ressaltar a importância da defesa das compras governamentais no acordo com os europeus. "Temos interesse em ter a possibilidade de nos reindustrializar", disse o presidente. "Por isso que não abrimos mão das compras governamentais, um instrumento de desenvolvimento interno. Os Estados Unidos fazem isso, a Europa faz isso, a Alemanha faz isso e o Brasil tem o direito de fazer isso."


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