Maior parte dos metalúrgicos da GM aprovam lay-off no complexo de Gravataí

Maior parte dos metalúrgicos da GM aprovam lay-off no complexo de Gravataí

Funcionários da filial da montadora norte-americana já estão parados

Gabriel Guedes

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A General Motors (GM) vem adotando medidas para resistir à pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo em que busca alternativas para garantir o futuro do negócio. Neste sentido, a companhia propôs banco de horas e férias coletivas e implantou um plano de redução de custos e, inclusive, de adiamento de investimentos. A companhia considera esta crise como algo "sem precedentes que o Brasil e o mundo enfrentam" e, num esforço para manter os empregos, a empresa discutiu com os sindicatos medidas adicionais, que incluem lay-off - que é a suspensão do contrato de trabalho - e redução de jornada, ambas com impacto de redução salarial. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, em votação por meio de aplicativo, quase 95% aprovaram a proposta. "Foi um processo tranquilo. Até porque a vida é um bem maior", afirma o sindicalista.

Além de Gravataí, o pacote foi aprovado pela ampla maioria dos empregados das fábricas de São Caetano do Sul, Joinville e Mogi das Cruzes, e do Campo de Provas de Indaiatuba. Também está em execução um programa de redução de jornada e salário para empregados que seguem trabalhando em home office, inclusive o presidente e toda a liderança em diferentes percentuais: para empregados até nível de gerência será uma hora de redução na jornada diária com 12,5% de redução no salário; para executivos de nível de diretoria e acima, o impacto será de 25% de redução no salário.

O programa de lay-off proposto impacta a maior parte dos empregados horistas e mensalistas de todas as área e níveis da GM no Brasil, com redução salarial entre 5% e 25% do salário de acordo com faixa salarial. Estas medidas terão duração inicial de dois meses com possibilidade de extensão, podendo ser canceladas em caso de retorno da demanda do mercado a uma situação de normalidade. "Nós temos um lay-off que pode durar até 4 meses", acredita Ascari. O Complexo Automotivo de Gravataí da GM possui cerca de 6 mil funcionários. Já a base do sindicato é composto de 14 mil profissionais.

A GM também comunicou que está avaliando junto aos sindicatos as oportunidades estabelecidas pela MP 936, com o objetivo de adaptar as medidas aprovadas às novas regras apresentadas pelo governo. "Importante ressaltar que essas medidas são emergenciais e temporárias, tendo como objetivo a preservação dos empregos, contribuindo com os esforços do governo federal e governos estaduais e municipais. Continuaremos a acompanhar a evolução do cenário e estaremos prontos para retomar as atividades assim que for possível", asseguram em comunicado.

 


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