Mais de 2 mil lojas fecharam em Porto Alegre no primeiro semestre do ano

Mais de 2 mil lojas fecharam em Porto Alegre no primeiro semestre do ano

Segmento de vestuário e acessórios lidera ranking das empresas que encerraram atividades

Correio do Povo

Segmento de vestuário e acessórios lidera ranking das empresas que encerraram atividades

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O número de fechamento de lojas do comércio varejista de Porto Alegre vem aumentando em um ritmo acelerado. Dados divulgados nesta segunda-feira da Junta Comercial do Rio Grande do Sul mostram que só no primeiro semestre do ano foram extintos 2.257 estabelecimentos varejistas. O número equivale a 43% do total das 5.227 empresas abertas no mesmo período neste setor.

O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, atribui o alto índice de fechamento de lojas à falta de incentivos para o setor, que arca com custos que só aumentam, como aluguel, energia elétrica, logística e demais tributos. “O cenário não é bom. Parcelamento do salário integral dos servidores, defasagem na área da segurança pública, aumento de impostos, aluguéis altíssimos. Tudo isso tem resultado direto no comércio”. Ele acrescenta que é preciso discutir e encontrar, na crise, uma oportunidade para oxigenar o setor e continuar crescendo.

O segmento de vestuário e acessórios lidera o ranking das empresas que encerraram as atividades. Ao todo, 496 lojas fecharam. A segunda posição fica com o setor de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal, que já soma 197 negócios encerrados. Em relação aos segmentos de souvenires, bijuterias e artesanato, são 158 lojas fechadas. Ferragens e materiais de construção tiveram 148 empresas que encerraram suas atividades.

O dado reflete, de acordo com Kruse, o cenário de incertezas com os rumos da economia que o Estado e o país estão passando. “As áreas de bens supérfluos como roupas, sapatos e cosméticos, são as mais afetadas, pois quando os valores de itens básicos aumentam, como a luz que teve um acréscimo em torno de 40% neste ano, os gastos no comércio diminuem ou até mesmo são extintos.” Segundo ele, o fato gera receio e desconfiança com o setor em grande parte dos lojistas.


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