Mercado de cervejas artesanais traz oportunidades de trabalho

Mercado de cervejas artesanais traz oportunidades de trabalho

Com área em crescimento, cursos de especialização e formação estão em alta

Stephany Sander

Com área em crescimento, cursos de especialização e formação estão em alta

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Com o mercado cervejeiro artesanal em crescimento, cursos de especialização e formação também estão em alta. Fundado em 2010, em São Paulo, o Instituto da Cerveja foi a primeira instituição do Brasil com foco pioneiro na capacitação de sommeliers de cerveja, sendo atualmente, a maior referência brasileira em educação cervejeira do país. 

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A instituição surgiu entre os amigos Kathia Zanatta, hoje mestre-cervejeira pela Siebel Institute (USA), e Doemens Academy (Alemanha), Alfredo Ferreira, mestre-cervejeiro pela Doemens Academy (Alemanha), e Estácio Rodrigues, com MBA em gestão de negócios pela ESPM, com a ideia de lançar um curso sobre cervejas especiais na Associação Brasileira de Sommeliers em São Paulo. Juntos, eles construiram o 1º curso de Sommelier de Cervejas do país e o sucesso foi tanto que mais de 1,5 milhão de sommeliers, de quatro estados do Brasil, já se formaram pela escola, que realiza cursos itinerantes. “A educação cervejeira é a base que sustentará o mercado, tanto do lado dos profissionais quanto também do consumidor. Quanto mais o consumidor conhecer do produto, mais qualidade e diversidade ele exigirá do produtor, criando um círculo virtuoso de qualidade”, afirma Kathia. Ela destaca que em breve será trazido para Porto Alegre o Curso Avançado de Tecnologia Cervejeira. 

No Rio Grande do Sul, a Escola da Cerveja (EC) é referência em cursos de especialização. Fundada em 2009, dentro da EGAS - Escola de Gastronomia Aires Scavone, é uma das pioneiras no país e abrange aspectos teóricos e práticos sobre a bebida. “Disponibilizamos serviços especializados para empreendedores, buscando integrar a cadeia produtiva, através de consultorias técnicas que observam e orientam os procedimentos de produção, as análises sensoriais e as metodologias de gestão comercial e mercadológica nos empreendimentos direcionados ao público cervejeiro”, conta o fundador e diretor do local, Marcelo Scavone, que é Sommelier de cervejas pela Doemens Academy e Homebrewer e membro da Associação Brasileira de Sommelier de Cervejas. 

Além da sede em Porto Alegre, oferece atividades em estados como Goiás, Santa Catarina, Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal. 

Formada em Economia e com um sonho antigo de trabalhar com algo relacionado à gastronomia, Rosária Penz Pacheco trocou o emprego de anos em uma agência bancária, por um curso de sommelier. “Hoje, já somo dois cursos de sommelier no Senac/Doemens, e me formei no Instituto da Cerveja Brasil em Empreendedorismo no Negócio da Cerveja, Cerveja Caseira, além de um Técnico Cervejeiro pelo Senai”. Atualmente, ela e o irmão, Ruiz Penz Pacheco, que é cozinheiro, administram o Penz Bier, aberto em janeiro no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. “A proposta do nosso espaço é boa cerveja e comida acessível, aliado a novidades. Contamos com 14 torneiras de chopp, 11 estão sempre girando e, por isso, também sempre estamos elaborando novas receitas de burgers. Também temos três cervejas da casa, que só podem ser tomadas na Penz Bier.” 

Rosária, que também atua como juíza de cervejas, certificada pelo BJCP – Beer Judge Certification Program, afirma que ainda existe machismo no setor, mas destaca que a representatividade feminina vem crescendo. “Temos excelentes mestres cervejeiras, sommelieres, donas de bares e distribuidoras. Falta muito respeito por nossa voz e opinião, tanto que houve a criação do grupo E.L.A., no qual várias mulheres proeminentes no mercado vieram a se unir e falar do preconceito que ainda sentimos. No Rio Grande do Sul, o grupo Ceva das Minas também está unido e estamos levantando todas estas questões regionalmente. Uma pena ainda precisarmos levantar tais bandeiras, principalmente porque a cerveja, em boa parte da história, foi produzida por mulheres. A descobridora do lúpulo era uma abadessa alemã da Idade Média chamada Hildegard Von Bingen e a deusa da cerveja é Ninkasi, e sua ode é a receita de como produzir cerveja”.

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