Mercado Imobiliário no RS registra estabilidade

Mercado Imobiliário no RS registra estabilidade

Porto Alegre ficou de fora da pesquisa por "destoar" na comparação com demais munícipios

Cíntia Marchi

publicidade

Um estudo divulgado pelo Sindicato da Habitação (Secovi/RS) nesta terça-feira revelou as dez cidades gaúchas com maior potencial imobiliário. Caxias do Sul, Canoas, Pelotas, Santa Maria, Novo Hamburgo, Gravataí, São Leopoldo, Passo Fundo, Viamão e Rio Grande, nesta ordem, são com maior atratividade, preenchendo critérios como a maior taxa de urbanização, PIB, empregos formais, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), renda domiciliar, área territorial, escolaridade dos moradores. Foram utilizadas 15 variáveis sociodemográficas e econômicas para medir as vantagens dos municípios em receber empreendimentos de alto, médio e baixo padrão.

O consultor estatístico do Secovi/RS, Alexandre Monguilhott, explica que Porto Alegre não entrou no estudo por “destoar” na comparação com os demais municípios em função da grandeza das informações. Para o presidente do sindicato, Moacyr Schukster, os dados podem abrir campo de interesse dos investidores. “Porto Alegre é uma cidade muito complicada para liberação de um imóvel hoje. Tem licenças que demoram 2, 3 anos para sair. Quem sabe os investidores poderiam olhar para estas cidades que tem potencial?”, alerta Schukster.

Apesar de também ser afetado pela recessão econômica, o balanço apresentado pelo Secovi/RS mostrou que o mercado imobiliário conseguiu manter certa estabilidade – em Porto Alegre o número de escrituras diminuiu 3,35% na comparação entre 2014 e 2015. “Olhando para os números, o quadro não é tão feio ainda para o setor porque as pessoas continuam acreditando que o imóvel é um investimento seguro, é uma espécie de baluarte”, avalia o presidente da entidade. Para a economista do sindicato, Lucineli Martins, 2016 será o ano do comprador, aquele investidor que tem dinheiro para barganhar. Uma das razões que explica porque ficará mais complicado para a pessoa sem economias comprar um imóvel é que reduziram-se os valores de financiamento habitacionais para aquisição e também para construção de imóveis no país e no RS.

Os imóveis usados, nos últimos 5 anos, responderam por 88% das vendas concretizadas. O negócio dos imóveis novos é mais restrito, tanto em vendas quanto em oferta, já que na Capital, em 2015, foi registrado o menor número de lançamentos imobiliários dos últimos 5 anos – 321 empreendimentos. Em relação à análise da inadimplência dos aluguéis, registrou nos últimos 12 meses a média de 12,13% nos condomínios. “Se não houver reversão da economia, acredito que possa piorar os índices de inadimplência”, estima.

Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895