Mercado Imobiliário no RS registra estabilidade
Porto Alegre ficou de fora da pesquisa por "destoar" na comparação com demais munícipios
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O consultor estatístico do Secovi/RS, Alexandre Monguilhott, explica que Porto Alegre não entrou no estudo por “destoar” na comparação com os demais municípios em função da grandeza das informações. Para o presidente do sindicato, Moacyr Schukster, os dados podem abrir campo de interesse dos investidores. “Porto Alegre é uma cidade muito complicada para liberação de um imóvel hoje. Tem licenças que demoram 2, 3 anos para sair. Quem sabe os investidores poderiam olhar para estas cidades que tem potencial?”, alerta Schukster.
Apesar de também ser afetado pela recessão econômica, o balanço apresentado pelo Secovi/RS mostrou que o mercado imobiliário conseguiu manter certa estabilidade – em Porto Alegre o número de escrituras diminuiu 3,35% na comparação entre 2014 e 2015. “Olhando para os números, o quadro não é tão feio ainda para o setor porque as pessoas continuam acreditando que o imóvel é um investimento seguro, é uma espécie de baluarte”, avalia o presidente da entidade. Para a economista do sindicato, Lucineli Martins, 2016 será o ano do comprador, aquele investidor que tem dinheiro para barganhar. Uma das razões que explica porque ficará mais complicado para a pessoa sem economias comprar um imóvel é que reduziram-se os valores de financiamento habitacionais para aquisição e também para construção de imóveis no país e no RS.
Os imóveis usados, nos últimos 5 anos, responderam por 88% das vendas concretizadas. O negócio dos imóveis novos é mais restrito, tanto em vendas quanto em oferta, já que na Capital, em 2015, foi registrado o menor número de lançamentos imobiliários dos últimos 5 anos – 321 empreendimentos. Em relação à análise da inadimplência dos aluguéis, registrou nos últimos 12 meses a média de 12,13% nos condomínios. “Se não houver reversão da economia, acredito que possa piorar os índices de inadimplência”, estima.