Ministro de Minas e Energia visita mina de carvão em Butiá

Ministro de Minas e Energia visita mina de carvão em Butiá

Governador José Ivo Sartori acompanhou Fernando Coelho Filho no município

Marco Aurélio Ruas

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A modernização das usinas de carvão e o criação do Polo Carboquímico foram os dois temas abordados nesta segunda-feira durante a visita do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, à mina de carvão da Copelmi Mineração em Butiá. O ministro realizou a visita acompanhado do governador José Ivo Sartori.

Durante sua passagem foi exposta a recente experiência que o governo teve em visita ao Japão, onde as usinas de carvão atingem um nível de eficiência muito superior aos das usinas gaúchas, provocando menos poluição através de tecnologias atualizadas. No caso do Polo Carboquímico, o cálculo é de que 10% da reserva de carvão brasileira esteja na área estabelecida.

Foto: Alina Souza 

Segundo o diretor de Novos Negócios da Copelmi, Roberto Faria, além da modernização das usinas e da implementação de uma política nacional para a gaseificação do carvão, é fundamental a aproximação com investidores de outros países. “O importante mesmo é que os investidores que tenham estas tecnologias, e estão fazendo isso já, venham para o Estado”, afirmou.

Leilões 

Para isso, outra expectativa da Copelmi e do governo do Estado é de que governo federal promova novos leilões no setor - o último ocorreu em 2014. “Como é sabido, o setor vem sofrendo recentemente os efeitos negativos da obsolescência de unidades geradoras de energia elétrica e o consequente encerramento de atividades de usinas como as de São Jerônimo, Charqueadas e Médici A” no Rio Grande do Sul, relatou o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Extração de Carvão (SNIEC), Cesar Weinschenck de Faria.

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Segundo o governador, no próximo mês, o Executivo deverá encaminhar à Assembleia Legislativa o projeto que trata dos parâmetros para implementação do plano carboquímico gaúcho. Da mesma forma, o ministro ressaltou que a ideia é de que o governo federal também possa fazer um planejamento para a indústria do carvão mineral do ponto de vista do fornecimento energético.

Além disso, afirmou que um novo leilão incluindo diversas fontes energéticas deve ocorrer em novembro ou dezembro. “Não sei se vai ser no volume que todos esperam. Porque, como eu falei, por conta da crise econômica, nós tivemos retração no consumo de energia. Mas queremos fazer um leilão contemplando o maior número de fontes de energia possíveis ainda neste ano”, disse Coelho Filho.

Segundo ele, um grupo de trabalho será formado no início de agosto para que sejam estudadas as fontes de energia que são mais necessárias tendo o leilão em vista. “O marco do setor elétrico nós queremos enviar ao Congresso ainda em setembro. Nele, a ideia é propor o desenvolvimento da matriz energética contemplando todas as fontes.”

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