Ministro Paulo Guedes palestra em Porto Alegre e diz que "Brasil está decolando"

Ministro Paulo Guedes palestra em Porto Alegre e diz que "Brasil está decolando"

Em evento promovido pela Associação da Classe Média (Aclame), Guedes disse que país está "surpreendendo os pessimistas"

Felipe Faleiro

Guedes cumpriu agenda em Porto Alegre na manhã desta sexta-feira

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, cumpriu agenda em Porto Alegre nesta sexta-feira, na palestra intitulada “Brasil: uma potência em crescimento”, promovida pela Associação da Classe Média (Aclame) no Teatro do Sesi. Em sua fala de cerca de uma hora e meia, Guedes, sem utilizar cola ou apresentação, disse que o “Brasil está decolando”, defendeu o liberalismo, criticou o uso político da pandemia, frisou a importância do controle da inflação, prometeu uma queda dos índices de desemprego e salientou que o país “vai emergir como grande potência que é”.

O teatro ficou lotado para ouvir Guedes, titular do ministério desde o início do mandato do presidente Jair Bolsonaro. Antes de sua fala, ele foi homenageado pela Aclame com uma placa, e foi descrito pelos homenageados como “o melhor ministro do mundo”. “O Brasil é segurança energética para a Europa e alimentar para o mundo. O país está surpreendendo os pessimistas. Está todo mundo trabalhando, tentando melhorar, acreditando. Têm dias melhores à frente. Realmente acho que o Brasil já decolou. Estamos avançando”, afirmou, sendo bastante aplaudido em diversos trechos.

De acordo com ele, foram distribuídos R$ 150 bilhões para estados e municípios durante a pandemia, e que o Brasil está em um ciclo diferente de grande parte do restante do mundo, muito em razão dos impactos da guerra na Ucrânia com a Rússia. Disse ainda que o Brasil está retomando o protagonismo internacional. “Antes, nas reuniões da OCDE, o Brasil era o último a falar. Deixavam de lado. Agora, pediam para começar a reunião. Dizem: ‘você poderia comentar suas experiências?’”, disse.

O ministro da Economia comentou que haverá uma “reconfiguração da cadeia produtiva global”, na qual o país se destaca, aliado à baixa do desemprego, que “cairá gradualmente”, chegando a “quase 8% antes do final do ano”, digo por Guedes como “o menor índice deste século”. Defendeu também a reeleição do atual presidente, afirmando que, “se houvesse um Lula, uma Dilma, um FHC, um Bolsonaro dava. Já que teve dois [mandatos] Lula, dois Dilma e dois FHC, precisa de dois Bolsonaro”. Em dados momentos, inclusive, referiu o período a partir de 2023 como “próximo mandato”, a exemplo de quando projetou o futuro econômico.

IPI e PIB

Guedes disse que houve intenso uso político da doença, principalmente no período mais agudo da Covid-19, o que, nas palavras dele, prejudicou investimentos industriais, a despeito dos programas sociais de transferência de renda, como o Auxílio Brasil. “Estas pessoas mais vulneráveis não eram registradas em lugar nenhum, nem eram atendidas pelos programas sociais”. A respeito do IPI, disse que encaminhou um decreto nesta semana para sua redução, chamando-o de “imposto de desindustrialização em massa”. “Nós temos que zerar o IPI. Se conseguirmos reduzir em 35%, será um bom começo”.

Sobre o PIB, comentou que pode haver um crescimento de 2,5% neste ano, “porque os juros estão lá em cima”, prometendo que “no ano que vem, vai crescer mais”, e salientou a deflação no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), embora sem citar números. “O mundo está em um momento turbulento, e essa turbulência vai durar um tempo. Não vai passar rápido”, salientou. Nos últimos dez anos, segundo ele, “o Brasil cresceu zero”, potencializado pela “perda de potência de crescimento e atraso em que o país foi mergulhando”.

Criticou pessoas que afirmam que há orçamento secreto na atual gestão. “As estatais estavam quebradas, os fundos de pensão estavam quebrados, foi um completo desastre”. Ainda disse que houve um “desmanche gradual” de países da América Latina. Citou que “Argentina, Venezuela estão indo para o caminho da miséria”, sendo que os argentinos, segundo ele, estão “aceleradamente indo para a hiperinflação e o Brasil está ao contrário”. Criticando governos anteriores, mas sem citar partidos, disse que houve gastos no passado, de R$ 220 bilhões para investimentos em Cuba e Angola. Elogiou ainda o trabalho do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, mas disse que o órgão deve R$ 90 bilhões ao governo.


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