Ministros de finanças decidem futuro da Grécia na zona do euro

Ministros de finanças decidem futuro da Grécia na zona do euro

Dirigente esperam reuniões difíceis em Bruxelas

Agência Brasil

Dirigente esperam reuniões difíceis em Bruxelas

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Os ministros das finanças da zona do euro iniciaram neste sábado, em Bruxelas, por volta das 10h30min (horário de Brasília) uma nova reunião sobre a Grécia. O encontro é considerado decisivo já que a reunião vai definir se será concedido um terceiro resgate à Grécia ou o país sairá da zona do euro.

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Várias reuniões foram realizadas tanto entre ministros de finanças como chefes de estado. No último dia 5, o governo grego realizou um referendo sobre a última proposta que os credores apresentaram para o país. Os eleitores gregos rejeitaram as propostas dos credores internacionais – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, prevê que a reunião do grupo deste sábado, em Bruxelas, para discutir a crise econômica na Grécia, não será fácil. Segundo ele, há "muitas preocupações" sobre o programa de reformas entregue pelo governo grego, além de falta de confiança quanto à implementação das propostas.

Dijsselbloem falou ao chegar à reunião extraordinária dos ministros de Finanças da zona do euro. O presidente do Eurogrupo disse que muitos ministros acreditam que as medidas propostas pela Grécia não sejam suficientes, além da questão da confiança e disse que este ponto será uma das principais questões da reunião do Eurogrupo. Para ele, o governo grego terá que se empenhar para reconquistar a confiança dos credores.

O ministro das Finanças da Alemanha também se pronunciou ao chegar para a reunião. Wolfgang Schäuble disse que espera negociações "extremamente difíceis" com Atenas para chegar a um acordo sobre um terceiro programa de resgate ao país.

Na última quinta-feira à noite, o governo grego apresentou um novo pacote com medidas de austeridade como contrapartida a um empréstimo. O ministro alemão afirmou que, além dos compromissos existentes nessa proposta, é preciso calcular os impactos dessas medidas e que estas ainda não são confiáveis o suficiente.

A respeito do alívio da dívida pública grega, Schäuble voltou a se mostrar contrário à hipótese. O governo considera indispensável uma reestruturação da dívida, que representa cerca de 180% do Produto Interno Bruto, mas vários países, com a Alemanha, opõem-se. Também hoje o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, reiterou a oposição de Portugal a um perdão da dívida grega, admitindo apenas alterações com relação a prazos e moldes de pagamentos.

A questão da confiança foi destacada também pelo ministro de finanças da França, Michel Sapin, para quem esse é o elemento determinante para que se chegue a um acordo, já que os parceiros europeus querem garantias de que as medidas acordadas com a Grécia serão executadas pelo governo.

Apesar de acreditar que a reunião será "difícil", o ministro francês considerou que nos últimos dias surgiram elementos positivos vindos do governo grego e elogiou a "determinação política" do executivo do país de levar ao parlamento o pacote de reformas apresentado aos credores.

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