Missão do governo nos EUA encerra com aproximação com investidores

Missão do governo nos EUA encerra com aproximação com investidores

Possíveis parcerias são nas áreas de energias renováveis e transportes

Guilherme Baumhardt, direto dos EUA

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Uma série de painéis destinados a investidores foi organizada pela GRI Club (empresa voltada à aproximação entre empresas e oportunidades, em escala global) nesta sexta-feira. As atenções da missão do governo do Estado pelos EUA estavam centradas em parcerias nas áreas de energias renováveis e transportes, com apresentações feitas pelo governador com conjunto com secretários. No caso de energias renováveis, o apoio foi dado pelo chefe da Casa Civil, Arthur Lemos, enquanto na área de transportes e rodovias, pelo titular da pasta de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi.

O governo estima em R$ 60 bilhões o potencial de investimentos no Estado para a implantação de um parque gerador de hidrogênio verde, considerado por muitos como a melhor alternativa energética do futuro, por ser renovável e não poluente. Para que seja considerado verde, o hidrogênio precisa ser obtido por energia elétrica limpa. O grande diferencial do Rio Grande do Sul estaria neste ponto, com a instalação, por exemplo, de mais parques eólicos. A energia gerada por eles seria utilizada na eletrólise da água, processo que permite a separação do hidrogênio do oxigênio.

Além dos aerogeradores já existentes em solo gaúcho, há potencial para instalação em outras áreas, tema que foi abordado em outras missões, como no ano passado, na Holanda, quando a tecnologia near shore (próximo à costa) foi conhecida. Trata-se de uma alternativa aos sistemas onshore (em terra firme, como o existente em Osório) e o offshore, muito comum em outros países, com torres e aerogeradores instalados em alto mar.  O sistema near shore poderia ser implantado na Lagoa dos Patos, por exemplo.

No caso das rodovias, após a concessão da ERS-287, no trecho entre Tabaí - Santa Maria, e do chamado Bloco 3, com 270 quilômetros de estradas da Serra e do Vale Caí, o governo trabalha agora para finalizar a modelagem e buscar investidores para os Blocos 1 e 2, com rodovias do Litoral, Serra e Região Metropolitana. No último caso, a grande polêmica é a ERS -118, que pode receber o chamado sistema free flow, com cobrança por quilômetro rodado e sem instalação de praças de pedágio.

Ainda na sexta-feira, o governador e a comitiva conheceram o hub de tecnologia da empresa MasterCard. Foram apresentadas novidades desenvolvidas pela companhia, como novas ferramentas de identificação de clientes, modelos de compras virtuais e o uso de hologramas para comunicação e transações financeiras.

Durante o roteiro da missão, foram realizados 25 compromissos. Além do governador, também integraram a missão governamental os secretários da Casa Civil, Artur Lemos, de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade, Lisiane Lemos, o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, o líder do governo na Assembleia, deputado Frederico Antunes, o presidente da Assembleia, deputado Vilmar Zanchin, e o deputado Rafael Braga. A maior parte do grupo inicia o retorno ao Brasil neste sábado.


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