Movimento aumenta no comércio da Capital com fim do veraneio

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Material escolar deve reforçar vendas no período

Wagner Machado / Correio do Povo

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Após o Natal, o aquecimento no comércio fica por conta da volta às aulas, com livrarias, mercados e papelarias lotadas para a compra de material escolar. De acordo com o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Poa), as redes de lojas têm expectativa de crescimento de média de 18% nas vendas, em relação ao mesmo período de 2011.

O presidente do Sindilojas, Ronaldo Sielichow, explica que o fluxo de clientes se intensifica ainda mais no início do ano letivo e segue até a primeira quinzena de março. “O término das férias, fim do Carnaval e até o atrasos na entrega da lista de material escolar resultam neste acréscimo de vendas”, afirma. Segundo Sielichow, os produtos mais vendidos são cadernos, lápis e mochilas. “Não fossem as altas tributações, o desempenho seria ainda maior. Uma caneta, por exemplo, tem 47% de impostos, uma borracha 40%, um absurdo”, ressalta.

Funcionária pública de Viamão, Marilin da Silva engrossou a estatística dos gaúchos que deixaram as compras para a última hora. No primeiro dia de aula, junto com os filhos, Wotan, de 17 anos, e Claúdio, de 8, ela esteve em Porto Alegre para comprar o material escolar. “Acho que nos últimos dias os descontos são maiores, assim dá para adquirir mais coisas, sempre é assim”, argumenta.

Percepção semelhante tem o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-Poa), Gustavo Schifino. Ele estima que deva haver 11% de vendas a mais do que no ano passado. “Além das promoções deste período, é preciso destacar a expansão do poder aquisitivo da classe C. Quem não comprou, caso tenha esperado, certamente será beneficiado”, disse.

O incremento nas vendas não é percebido somente nas lojas. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), esses estabelecimentos são cada vez mais procurados pelos consumidores, em razão da conveniência e proximidade de casa. A entidade prospecta um crescimento de 8,1% nas vendas de artigos para o início do ano letivo. “ Os investimentos em variedade do mix de produtos e a proximidade de casa ou da escola estão colocando, cada vez mais, os pequenos mercados na disputa por este nicho”, explica o presidente Antônio Cesa Longo. Ele lembra que os supermercados são líderes em vendas de material escolar no Estado há pelo menos cinco anos.

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