MPT fará reunião com trabalhadores e Iesa

MPT fará reunião com trabalhadores e Iesa

Previsão é de que mil funcionários sejam demitidos na segunda-feira

Correio do Povo

Problemas financeiros começaram no ano passado, quando a planta foi instalada

publicidade

Um encontro está agendado para esta quinta-feira, às 16h, entre a Iesa Óleo e Gás e o sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Charqueadas (Sindimetal), com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT). A audiência administrativa será realizada na sede do MPT em Santa Cruz do Sul, unidade que abrange a região de Charqueadas.

A reunião foi marcada depois que o procurador do Trabalho Bernardo Mata Schuch recebeu denúncia alertando para a possibilidade de demissões em massa na fábrica da empresa do Povo Naval do Jacuí, devido ao cancelamento de contrato por parte da Petrobras.

A Iesa tinha um contrato de 800 milhões de dólares para a construção de 16 módulos para plataformas de petróleo na fábrica em Charqueadas. Os problemas financeiros começaram no ano passado, quando a planta foi instalada. Desde lá, ocorrem atrasos na entrega, além de problemas no pagamento de funcionários e fornecedores.

Nessa quinta, um grupo de trabalhadores se reuniu na sede da entidade para discutir formas de pressionar a Iesa a pagar os direitos trabalhistas. A intenção dos funcionários é entrar com uma ação na Justiça e fazer uma manifestação na segunda-feira. Não se sabe ao certo quanto os trabalhadores têm a receber, mas o sindicado calcula que a disparidade de salário pode chegar a R$ 30 mil.

Depois da paralisação deflagrada por conta das possíveis demissões, lideranças de Charqueadas tentam reverter o quadro de prejuízos provocados pela falta de produção da empresa. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, Jorge Luiz Silveira de Carvalho, afirmou nessa quarta-feira que o fechamento das vagas está confirmado e reclamou da falta de comunicação com a empresa. Cerca de outros 3,5 mil empregos indiretos também serão afetados.

Iesa se diz surpreendida

A Iesa Óleo & Gás informou, em nota, no final da tarde, que foi surpreendida com a carta da TUPI BV, enviada em 17 de novembro do ano passado, sobre notificação de rescisão do contrato celebrado entre a Iesa e a TUPI BV (BG, Petrobras e Petrogal) para fornecimento do Pacote III de Módulos para FPSOs Replicantes. “Tal decisão surpreendeu, pois a Iesa vinha mantendo negociações com a TUPI BV para a entrada de parceiros para dar continuidade ao serviço e colaborar com a recuperação do equilíbrio financeiro do contrato”, diz a nota. O corpo jurídico da empresa está analisando o processo e tomará as medidas cabíveis ao caso.


Empreendedor criou negócio para oferecer a receita ‘perfeita’ de xis em Porto Alegre

Quinta unidade inaugurada desde 2020 tem no cardápio lanches, petiscos e pratos

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895