Mutirão da Defensoria Pública do Estado auxilia quem tem dívidas

Mutirão da Defensoria Pública do Estado auxilia quem tem dívidas

Órgão público possibilita conciliação com credores e dá orientações sobre finanças

Felipe Uhr

Público idoso foi o que mais compareceu para renegociar dívidas

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Para levar auxílio e buscar saídas para a situação de quem não está conseguindo pagar as contas em dia, a Defensoria Pública do Estado realizou um mutirão do superendividamento, instalando uma unidade móvel na avenida Sepúlveda, Centro Histórico de Porto Alegre. Embora a atividade tenha ocorrido nesta terça-feira, o interessado também pode procurar a equipe na própria Câmara de Conciliação, que fica na sede da Defensoria, na rua Múcio Teixeira, 110, sala 505, na Capital. Há ainda possibilidade de contato pelo telefone (51) 3210-9356 e  e-mail nomelimpo@defensoria.rs.def.br.

O Fecomércio-RS divulgou números de julho recentemente, e a Peic-RS mostrou que o índice de famílias endividadas no Estado é de 94,3%. As que têm contas em atraso são 40,6%. “Aqui vemos a situação financeira da pessoa, qual o quadro dela e tentamos uma conciliação com os credores”, explica a coordenadora da Câmara de Conciliação, a defensora pública Ana Carolina Sampaio.

Ela conta que desde a pandemia aumentou o número de superendividados, pessoas que muitas vezes não conseguem pagar nem a conta de luz. “A busca pelo atendimento aumentou muito, as pessoas que não conseguem pagar despesas básicas. Antes a gente via muito problema com o cartão”, compara a defensora.

Na última segunda-feira um estudo do Instituto FSB Pesquisa, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria, apontou que 26% dos habitantes da região Sul contraíram dívidas nos últimos 12 meses contra 22% no restante do país. Durante o dia de hoje a unidade móvel da DPE/RS atendeu o público das 9h às 17h, em sua maioria idosos. “Eles têm facilidade de pegar dinheiro consignado com financeiras, e acabam muitas vezes com necessidade de adquirir esse crédito”, assinala Ana Carolina.

Um aposentado de 54 anos, morador do bairro Ponta Grossa, foi ao mutirão para tentar acertar débitos no valor de R$ 4 mil de uma conta de luz. “Vim negociar, eu quero pagar o que devo, mas nas minhas condições”, observou, informando que tem uma renda mensal de três salários mínimos e meio, o correspondente a R$ 4,2 mil.

Ana Carolina ressalta que mesmo aqueles que não têm dinheiro para pagar os compromissos em atraso por estarem desempregados ou por terem poucos recursos podem ir à Defensoria buscar auxílio. “Um ajuste sempre se consegue, ou ao menos orientação sobre como lidar com a situação. A gente examina com todo o cuidado os contratos, por isso o atendimento demora”, explica.


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