Número de domésticas cai na região Metropolitana, aponta Dieese
Dados afirmam que são 4 mil trabalhadores a menos de 2013 para 2014
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O estudo apontou também a elevação de 4,8% no rendimento médio por hora das diaristas e mensalistas com carteira de trabalho assinada. Para as empregas com carteira, o acréscimo foi de 8,3%. O rendimento das diaristas foi menor, de 1,7%. No entanto, o valor por hora ainda é superior para as diaristas: R$ 8,28, contra R$ 6,29. Por outro lado, na soma mensal o resultado é oposto. Enquanto para as empregadas com carteira assinada a média é de R$ 1.103,00, para as diaristas, de R$ 921,00, em função das horas trabalhadas.
O número de contribuintes da Previdência Social subiu de 58% em 2013 para 59,8% em 2014. No total de ocupação da Região Metropolitana, a participação dos serviços domésticos é de 4,9%. Segundo a pesquisa, 75,6% das pessoas nessa profissão são mulheres com 40 anos ou mais, sendo 78,6% não negras. Em relação à idade, 54,2% têm filhos acima de 9 anos. O número de domésticas que são chefes de família aumentou de um ano para o outro, passando dos 37,3% em 2013 para 41,5% em 2014. Além disso, pouco mais da metade, 51,2%, não concluiu o Ensino Fundamental.
A Região Metropolitana de Porto Alegre é a segunda com o maior número de diaristas entre as pesquisadas pelo Sistema PED. A de São Paulo é a primeira. “Há uma mudança do perfil demográfico, mais pessoas morando sozinhas. Isso faz com que o trabalho de uma diarista, uma vez na semana, por exemplo, seja suficiente”, explica a coordenadora técnica do Sistema PED, Lúcia dos Santos Garcia. A pesquisa teve o envolvimento do Dieese, Fundação de Economia e Estatística (FEE), Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Regional, Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social e Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).