Na América Latina, inclusive no Brasil, mercados precificam queda de juros, diz Campos Neto

Na América Latina, inclusive no Brasil, mercados precificam queda de juros, diz Campos Neto

Presidente do Banco Central também destacou a aprovação da autonomia da entidade: "luta muito árdua"

AE

Campos Neto analisou que ambiente econômico no Brasil encontra-se inseguro

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a destacar, em seminário do jornal Folha de S.Paulo, a precificação da curva de juros futuros para a queda da taxa Selic no Brasil e em outros países da América Latina. "Nos países que começaram a elevar juros antes, como México, Chile, Colômbia, e Brasil, os mercados precificam queda de juros. Mercados entendem que o processo em parte está funcionando", disse, nesta segunda-feira, 22, completando que alguns países, onde os juros subiram menos, ainda precificam aperto monetário.

Segundo Campos Neto, em relação à inflação, o grande embate hoje é nos núcleos de inflação. No índice cheio, o presidente do BC mencionou que, na América Latina caiu bastante, com destaque para o Brasil. "Os núcleos, em países avançados, não só não caíram, como estão no máximo e voltaram a subir. Na América Latina, caiu muito pouco."

Ele lembrou o choque causado pela demanda de bens e, consequentemente, energia, após o impulso fiscal da pandemia, e avaliou que a tem voltado à tendência, mas ainda distante. "Não existe interpretação hoje de que a inflação é de oferta, é mais dominada por fatores de demanda."

Autonomia

Campos Neto destacou que a aprovação da autonomia formal, tema do seminário, foi uma "luta muito árdua", que demandou conversas longas com parlamentares, governo e, depois que judicializado, com o Supremo Tribunal Federal (STF).

A autonomia foi aprovada em fevereiro de 2021 pelo Congresso Nacional, mas questionada no STF na sequência, onde foi confirmada em agosto do mesmo ano.


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