No STF, Mendonça pede vista em julgamento sobre ação sobre pagamento de precatórios

No STF, Mendonça pede vista em julgamento sobre ação sobre pagamento de precatórios

Ainda faltam os votos de seis ministros

AE

Mendonça derrubou suspensão de processos

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O Supremo Tribunal Federal (STF) tem quatro votos para atender a um pedido do governo e permitir o pagamento de R$ 95 bilhões em precatórios ainda neste ano, por meio da abertura de crédito extraordinário. Os votos publicados até o momento também defendem o afastamento dos limites para o pagamento dessas dívidas até 2026. O julgamento foi, no entanto, suspenso na manhã desta segunda-feira, 27, por pedido de vista do ministro André Mendonça.

Ainda faltam os votos de seis ministros.

O julgamento começou no período da madrugada desta segunda-feira e estava sendo realizado em sessão extraordinária no plenário virtual. O encerramento estava previsto para às 23h59.

A Fazenda tem destacado a importância de o julgamento ser realizado ainda neste mês para operacionalizar o pagamento.

O ministro Luiz Fux liberou a ação na semana passada e solicitou urgência em razão do impacto no orçamento federal e o "adiantado trâmite do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso Nacional".

Após negociações internas entre os ministros, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, marcou o julgamento na última sexta-feira.

A Corte analisa a constitucionalidade da medida aprovada em 2021 que impôs um teto às despesas com precatórios até 2026. A Fazenda alega que as regras criaram uma "bola de neve" e calcula que o passivo acumulado até 2027 será de R$ 199,9 bilhões, ou 1,4% do PIB.

O relator, Luiz Fux, e os ministros Barroso, Edson Fachin e Cármen Lúcia votaram para atender o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).

"Com efeito, conclui-se que há espaço nas metas orçamentárias de 2023 para o pagamento do passivo gerado nos exercícios 2022 e até abril de 2023, que, segundo estimativas, está em torno dos R$ 95 bilhões, sem que se comprometa a estrutura da Administração Pública", disse Fux em seu voto.

O ministro assinalou em seu voto que a postergação do pagamento dos precatórios foi necessária em 2021, em meio à pandemia, mas que a medida não se justifica mais a partir de 2023.

"É dizer que a limitação a direitos individuais que inicialmente manifestou-se como um remédio eficaz para combater os distúrbios sociais causados pela covid-19, neste momento caminha para se caracterizar como um veneno com possibilidade de prejudicar severamente, em um futuro breve, o pagamento das mesmas despesas com ações sociais anteriormente prestigiadas", afirmou Fux.


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