Novo conceito imobiliário mira clientes de alto poder aquisitivo

Novo conceito imobiliário mira clientes de alto poder aquisitivo

Compra fracionada atrai empreendedores dispostos a mudar cultura da aquisição tradicional

Karina Reif / Correio do Povo

Novo conceito imobiliário mira clientes de alto poder aquisitivo

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Para cativar um público de alto padrão, que cresce no Brasil, empreendedores apostarem opções diferentes de conforto. Um novo modelo imobiliário é o de compra fracionada de casas de verão. Adquirindo uma parcela da propriedade, o comprador também partilha os gastos de manutenção e usufrui da comodidade de condomínios de luxo, normalmente localizados em praias paradisíacas. No exterior, o conceito é comum em países da Europa e nos Estados Unidos, mas no Brasil é pouco difundido.

As residências podem ser divididas em 12 e cada concessionária tem direito a usar a casa por quatro semanas no ano, em um sistema de rodízio de datas. A concessão chega a durar, dependendo do contrato, cem anos, depois retorna ao empreendedor. Entre as comodidades estão o serviço de jardinagem, manutenção, limpeza de piscinas, transporte, TV a cabo, internet se segurança. No entanto, também é possível contratar camareira, cozinheira, garçons, e muitos outros serviços. Nos condomínios, não é difícil encontrar campos de golfe, lagos, praias particulares, tudo para agradar pessoas com alto poder aquisitivo.

A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que esse grupo, o dos 10% mais ricos do Brasil, teve crescimento de 8,3% na renda entre 2011 e 2012. Por isso, os empresários do setor procuram incrementar os itens para buscar um diferencial neste nicho populacional. Conforme o o gestor Comercial do Quintas Private Resideces, Marcos Quiles Carbonari, apesar de o negócio compensar financeiramente, o público-alvo está acostumado com luxo.

Portanto, dinheiro não é problema. O que conta mesmo é o conforto. Na costa do Sauípe, na Bahia, onde fica o conjunto de 170 casas lançado em 2010 pela Odebrecht, cada lote custa, em média, R$ 215 mil. Além disso, o proprietário da fração precisa pagar uma espécie de condomínio no valor de R$ 690. "Essa quota pode ser uma herança, também pode alugar e vender", explica. Ele compara o investimento com o preço de diárias em acomodações semelhantes. "Em 15 anos, se gastaria cerca de R$ 336 mil", disse. 

Imóveis em Gramado

Nesse conjunto de casas, ainda é possível encontrar o cantor Carlinhos Brown e a atris Glória Pires. Ambos têm propriedads no local. A participação do Sul do Brasil ainda é discreta. Até agora, são três clientes gaúchos, três catarinenses e cinco paranaenses. Porém, os empreendedores tentam criar novos atrativas para conquistar os habitantes desta região e mudar a cultura de aquisição tradicional de imóveis. No Rio Grande do Sul, há imóveis com possibilidade de venda fracionada em Gramado.

Também há empreendimentos semelhantes em Cornélio Procópio, no Paraná, e em Itacaraí, na Bahia. "Queremos trabalhar para diversificar esse destino, pois a área tem 13 milhões de metros", diz o responsável pelo desenvolvimento de Negócios e Mercado da Odebrecht, Franklin Oliveira Mira, se referindo ao Quintas Private.

O terreno foi comprado em 1959 e desde então se estudam projetos que seriam desenvolvidos no local. Em 2007, quando o empreendimento começou a ser concebido, havia grande desenvolvimento de resorts. "Acompanhamos esse ritmo para atender um público de classe A do Brasil e de fora", finalizou Mira.

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