OCDE reduz previsão de crescimento do Brasil para 2015 e 2016
Relatório agrava a magnitude da recessão
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Na estimativa anterior, a OCDE apontava uma contração de 0,8% para este ano e um crescimento de 1,5% para 2016, mas o Brasil e outras economias emergentes como a Rússia experimentam desde então "profundas recessões combinadas com uma inflação bastante alta", destaca a OCDE.
A situação destes países, grandes exportadores de matérias-primas, "pode registrar alguma melhora em 2016, caso os preços das commodities não continuem em queda", afirma a OCDE, uma organização que inclui 34 países, em sua maioria desenvolvidos, com sede em Paris.
O próprio governo brasileiro acredita em uma contração do PIB de 1,8% em 2015, segundo a estimativa mais recente. O mercado é ainda mais pessimista e prevê uma queda de 2,55%, com a recessão prosseguindo em 2016. O Brasil, sétima economia mundial, entrou em recessão no segundo trimestre, ao mesmo tempo que enfrenta uma inflação alta (de 9,56% em 12 meses) e uma grave crise política, com a popularidade da presidente Dilma Rousseff abaixo de 10%. Para tentar enfrentar a crise, o governo anunciou na segunda-feira um pacote de medidas, que pode aumentar ainda mais a irritação da população com a presidente.
A agência de classificação Standard and Poor's, que na semana passada rebaixou a nota da dívida brasileira, prevê que a contração do PIB brasileiro será de 2,5% este ano e de 0,5% em 2016, com o país retomando um "crescimento modesto" em 2017.