Opep eleva projeção de alta na oferta de combustíveis do Brasil em 2023, em 30 mil bpd

Opep eleva projeção de alta na oferta de combustíveis do Brasil em 2023, em 30 mil bpd

Produção no país foi “mais forte que o esperado” em outubro, aponta cartel

Estadão Conteúdo

Brasil tem crescimento na produção de petróleo

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou em 30 mil barris por dia (bpd) sua expectativa para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil em 2023, para uma média de 4,1 milhões de bpd, em relatório mensal publicado nesta quarta-feira, 13. O resultado representa um avanço de 400 mil bpd ante o ano anterior, e é influenciado pela produção "mais forte que o esperado" vista em outubro, afirma o cartel.

A Opep também afirmou esperar produção ainda maior no quarto trimestre deste ano, por conta da abertura de novas unidades, melhora na performance de ativos existentes e poucos eventos de manutenção.

Para 2024, o cartel manteve expectativa de alta em 120 mil barris na comparação anual, a 4,2 milhões de bpd. Em outubro, a produção de petróleo do Brasil teve queda de 135 mil bpd ante o mês anterior, para uma média de 3,5 milhões de bpd. Já a produção de gás natural liquefeito ficou praticamente estável, em 80 mil bpd, e deve seguir assim em novembro.

A produção total de combustíveis líquidos do Brasil recuou 134 mil bpd em outubro, para uma média de 4,3 milhões de bpd. De acordo com a Opep, os números ainda representam um nível forte da produção brasileira, uma vez que seguem próximos ao nível recorde alcançado em setembro, de 4,4 milhões de bpd.

PIB, inflação e Selic

A Opep manteve sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023, em 2,5%, conforme o relatório mensal. O cartel também manteve sua projeção para 2024, esperando alta no PIB brasileiro de 1,2%.

Segundo o relatório, o crescimento econômico do Brasil deve permanecer estável até o final deste ano, apesar de dados recentes do quarto trimestre sugerirem "uma pequena desaceleração".

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A Opep prevê que a força da atividade residirá em demanda doméstica robusta e no setor industrial, observando sinais positivos na recuperação dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), aceleração na confiança do consumidor e arrefecimento da inflação.

Para o cartel, a inflação deve desacelerar para cerca de 4% em 2023 e estabilizar em torno de 3,5% em 2024 - ambos abaixo das previsões anteriores de 5% e 4%, respectivamente, sugerindo "uma trajetória favorável" dos preços. Contudo, a Opep alerta que "há uma nota de incerteza relacionada a disciplina fiscal" e avalia que este fator implica incertezas também para o cenário econômico.

Apesar de projetar uma desaceleração da inflação e continuidade dos cortes de juros pelo BC do Brasil, a Opep elevou sua previsão para a taxa da Selic no fim de 2024, de 8% nas estimativas de setembro para 10%. A mudança sugere que o cartel espera ritmo menor na redução dos juros brasileiros durante o próximo ano, embora mantenha expectativa de que as taxas terminem 2023 em 12,25%.


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