Opep mantém produção limitada e barril de petróleo supera US$ 100
Países exportadores vetaram aumento da oferta no mercado internacional
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No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate, negociado nos Estados Unidos para entrega em julho, fechou em US$ 100,74, em alta de US$ 1,65 em relação a terça. No Intercontinental Exchange da Inglaterra, o barril de Brent do Mar do Norte subiu US$ 1,07, para US$ 117,85.
"O mercado esperava um aumento das cotas de produção ou da produção real e não foi tomada nenhuma decisão sobre nenhum desses temas", explicou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. Vários representantes do Golfo tinham sugerido que o cartel se orientasse para um aumento das cotas, pedido reforçado pelos países consumidores, inquietos pela disparada dos preços desde o início do ano.
Diversas nações produtoras, contudo, se opuseram a uma alteração, principalmente Irã, Iraque, Venezuela, Argélia, Angola e Líbia. "Foi uma das piores reuniões da Opep que assisti", declarou o ministro de Petróleo saudita, Ali al-Naouaimi.
Segundo Nic Brown, da Natixis, esse fracasso deixa o mercado petroleiro mundial diante de uma oferta perigosamente frágil durante o período de aumento sazonal da demanda nos próximos seis meses. "O risco de um novo empurrão nos preços nas próximas semanas ou meses é cada vez maior", advertiu. As quotas de produção da Opep, formada por 12 países e origem de 40% da oferta mundial, foram confirmadas pela oitava vez e deverão ficar inalteradas até a próxima reunião do cartel, em dezembro.