Opep reduz previsão de oferta de petróleo pelo Brasil em 2017

Opep reduz previsão de oferta de petróleo pelo Brasil em 2017

Organização registra queda de 56 mil barris por dia em 2017

Agência Brasil

Organização registra queda de 56 mil barris por dia em 2017

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) diminuiu nesta quarta-feira sua previsão para a oferta de petróleo pelo Brasil em 2017 em 56 mil barris por dia (bpd), para 3,35 milhões de barris por dia. Ainda assim, se a
estimativa for confirmada, haverá um crescimento de 201 milhões de barris por dia este ano na comparação com 2016.

Esse quadro ainda coloca o Brasil, de acordo com a entidade, como o país que apresentará o maior crescimento da produção este ano. Em relação ao volume, ficará atrás apenas dos Estados Unidos.

Um dos motivos que levaram à revisão da projeção brasileira foi o tempo maior de manutenção de algumas unidades e a expectativa de que o campo Norte de Lula comece a operar apenas no final de 2017. "O Brasil continua a ser o principal contribuinte para o crescimento, sendo o diesel e a gasolina os produtos de maior potencial de expansão, alimentando os setores industrial e de transportes", considerou a Organização em relatório mensal divulgado nesta quarta, referindo-se à expectativa de crescimento.

Desde meados do ano passado, a entidade tem buscado dentro do cartel e também com produtores de fora da Opep reduzir os volumes de produção. A estratégia de diminuir a oferta da commodity tem dado certo em relação ao objetivo de estancar a queda dos preços que vinha sendo vista há mais de dois anos. Atualmente, a trajetória é de alta dos valores, acentuada também por conflitos no Oriente Médio. "Do ponto de vista da oferta, é evidente que existem muitos projetos à espera de entrar em funcionamento nos próximos anos. O período 2017 a 2019 provavelmente verá o maior aumento da produção de megaprojetos na história da indústria."

Entre os países em que haverá grandes investimentos, a Opep cita Brasil, Rússia, Canadá e México. Pelos cálculos da entidades, combinados com a nova produção de xisto, esses projetos poderiam adicionar mais 1 milhão de barris diários à produção nos próximos anos. "Muitos desses projetos, que custaram bilhões de dólares e levando muitos anos para terem retorno, foram retomados quando os preços do petróleo voltaram a ser negociados a US$ 100, o barril", destacou a entidade no relatório para enfatizar sua atuação positiva nos últimos meses.

Em relação aos principais contribuintes para o crescimento da oferta em 2017, o relatório da Organização menciona os Estados Unidos, com 540 mil bpd, seguido por Brasil e Canadá - ambos com 210 mil barris por dia - e o Casaquistão com 140 mil bpd.

Na sequência vêm Gana (50 mil bpd), Rússia (40 mil bpd) e Congo (30 mil bpd). Já outros países devem exibir queda da produção este ano na comparação com 2016, como a China (18 mil bpd), Azerbaijão (7 mil bpd) e Indonésia (5 mil bpd).

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