Economia

Opep vê queda na produção de petróleo do Brasil em agosto, mas mantém previsão para 2025 e 2026

Expectativa é que o país continue sendo um dos principais impulsionadores do avanço da oferta global

Brasil permanece na lista dos quatro países de fora da Opep que mais contribuirão para a oferta global em 2025 e 2026
Brasil permanece na lista dos quatro países de fora da Opep que mais contribuirão para a oferta global em 2025 e 2026 Foto : Alexandre Brum / Agência Brasil / CP

A produção total de combustíveis líquidos do Brasil registrou um recuo em agosto, segundo o relatório mensal divulgado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A produção caiu 68 mil barris por dia (bpd), chegando a 4,7 milhões de bpd, afastando-se do recorde de 4,8 milhões de bpd alcançado em julho. A queda reflete a diminuição da produção brasileira de petróleo, que ficou em 3,9 milhões de bpd no mesmo mês.

Apesar da redução em agosto, a Opep manteve suas projeções de longo prazo para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil. A expectativa é que o país continue sendo um dos principais impulsionadores do avanço da oferta global.

  • Para 2025, o cartel projeta um crescimento de cerca de 230 mil bpd, com uma média de 4,4 milhões de bpd.
  • Para 2026, a previsão é de um aumento de 160 mil bpd, alcançando 4,5 milhões de bpd.

O Brasil permanece na lista dos quatro países de fora da Opep que mais contribuirão para a oferta global em 2025 e 2026, juntamente com EUA, Canadá e Argentina.

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Projeções econômicas

A Opep também manteve inalteradas suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos dois anos. O relatório indica que o PIB do Brasil avançará 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026.

No entanto, o cartel apontou riscos de baixa para a economia, citando o nível elevado das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e os desafios persistentes relacionados ao déficit fiscal brasileiro. A Opep manteve, ainda, a previsão de que a inflação no Brasil permanecerá elevada, em torno de 5% em 2025. Considerando a ata de setembro do Banco Central (BC) do Brasil, o cartel espera a manutenção da taxa de juros Selic até, pelo menos, o final do primeiro semestre de 2026.

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