Painel discute inclusão social e educação financeira com auxílio das fintechs

Painel discute inclusão social e educação financeira com auxílio das fintechs

Debate no último dia de South Summit abordou a importância do crédito no desenvolvimento de negócios na juventude 


Vítor Figueiró

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A educação financeira e o acesso ao crédito abriram as discussões no palco Arena Stage, nesta sexta-feira, no último dia de South Summit Brazil 2023, no Cais Mauá. Com o tema "Fintechs for Social Inclusion", os speakers abordaram a capacidade deste modelo de tecnologia financeira auxiliar no desenvolvimento e na inclusão social. 

"Não é dar crédito, você precisa ensinar. Investimos em educação financeira e consciência financeira. À medida que eu sei trabalhar com dinheiro, não sou escravo dele. Por isso, pontuo três pilares: aprender, guardar e investir", afirmou o CEO da Yours Bank, Felipe Diesel. 

Diesel explica que nos processos em sua empresa as ferramentas bancárias são apenas algo que será preciso utilizar, mas não regem as operações. "Somos educação financeira para a família". As operações acontecem todas de maneira digital, o que facilita e acelera os mecanismos.

Focado no ensino das finanças para jovens, o fundador e CEO da Educbank, Danilo Costa, deu sugestões de como incluir o planejamento financeiro na adolescência e na juventude.

"Existe uma diferença em você dar uma mesada ao seu filho e pedir para ele montar um orçamento para o ano seguinte da vida dele. Isso cria visão de longo prazo nos jovens e uma capacidade cíclica de autoconfiança financeira", avaliou. 

Fintechs precisam de nicho

Costa garante que "nunca na história nenhum negócio de crédito se deu mal por falta de demanda" e "nenhum setor tem capacidade de se viabilizar sem acesso a crédito". Entretanto, ele fez alertas para quem deseja investir neste meio. "Não devemos avaliar uma fintech só pela qualidade de crescimento, mas sim, também pela bandeira e responsabilidade. A fintech tem que ter nicho. Assim, fica difícil não ser bom". 

Por fim, o CEO da Educbank sugeriu que se olhe com "mais carinho e responsabilidade social" para boas ideias em setores que precisam de acesso a capital para se alavancar.

A palestra foi mediada pela especialista e líder do BID- Banco Interamericano de Desenvolvimento, Vanderleia Radaelli. Vanderleia apontou para a similaridade entre os investidores nos bancos - o que implica em menor diversidades nos projetos apoiados - e pediu maior pluralidade. "Precisamos superar isso", finalizou.


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