Paquetá fecha as portas e deixa Sapiranga

Paquetá fecha as portas e deixa Sapiranga

Nascida em 1945, empresa dispensou pelo menos 300 pessoas

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Nascida em 1945, a Paquetá fechou suas portas e dispensou 300 pessoas

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Uma das mais tradicionais empresas do setor coureiro-calçadista gaúcho encerrou a produção na cidade de Sapiranga, no Vale do Sinos, onde iniciou as atividades. A Paquetá demitiu pelo menos 300 trabalhadores, e a empresa está transferindo a fabricação de calçados voltados ao mercado interno para a região Nordeste. Já o produto destinado para a exportação será produzido na República Dominicana.

Com fábricas em outras cidades gaúchas, Ceará, Bahia, Argentina e República Dominicana, a Paquetá iniciou as atividades em Sapiranga em 1945, e hoje retira da cidade a produção anual de 2 milhões de pares. A indústria ainda manterá no município 800 profissionais dos setores de pesquisa, desenvolvimento, compras e escritório central, e a sede da empresa. Parte dos trabalhadores foram absorvidos pela Calçados Ramarim, de Nova Hartz, em operação montada nos últimos três meses, e noticiada com exclusividade pelo Correio do Povo há duas semanas.

A empresa de Nova Hartz iniciou a produção em Sapiranga alugando um dos prédios da Paquetá, e admitiu a partir de 1º de agosto outros 500 trabalhadores que também corriam risco de ficar sem emprego. "Fizemos o possível para minimizar os danos", disse o diretor administrativo corporativo da Paquetá, Jorge Strassburger. As demissões surpreenderam o Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga e região.

Antônio Guntzel, secretário de Imprensa da entidade, disse que a empresa informou que repassaria trabalhadores para a Ramarim e que diminuiria a produção na cidade, mas que não haveria número significativo de demissões. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Elói de Paula, a empresa sempre foi patrimônio de Sapiranga, mas o fim da produção na cidade não significa o fim do vínculo. "Toda a inteligência da fabricação continua aqui", afirmou.

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