Participação gaúcha nas exportações cai para 5,81% em novembro
Previsão é de que o RS termine o ano com variação negativa de 10%
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O resultado manteve a tendência de queda das exportações gaúchas. Em relação a novembro do ano passado, a retração foi de 12,9% em valor e 16,4% em volume. Segundo o economista Bruno Breyer Caldas, da FEE, a previsão é de que o RS termine o ano com variação negativa de 10%, na quinta colocação entre os estados brasileiros. A quarta colocação foi perdida durante o ano de 2012 para o Paraná. Até 2002, o RS ocupava a vice-liderança do ranking, atrás apenas de São Paulo.
Caldas destacou que o desempenho gaúcho deve-se a fatores pontuais, que podem ser revertidos em 2013. As principais causas apontadas para a queda são a estiagem e os embargos de Rússia e Argentina. “O Rio Grande do Sul está a mercê de fatores que ele não pode controlar. O que podemos fazer é mudar a estrutura produtiva, mas isso é algo a ser feito a longo prazo”, observou o economista. No entanto, Caldas acredita que a recuperação passa diretamente pelo clima e pelo desempenho da economia internacional.
A indústria e a agricultura registraram queda de 32,9% e 12,3% em valor, respectivamente, na comparação com novembro do ano passado. Na agricultura, a soja foi o grande vilão, com queda de 30%. Na indústria, o setor de calçados manteve a queda, com redução de 27%. Alimentos e bebidas e máquinas e equipamentos também tiveram resultados ruins.
Os dois principais destinos dos produtos gaúchos, China e Argentina, registraram queda de 12,3% e 21,6% nas exportações no acumulado do ano. O destaque positivo é a Ucrânia, que em 2012 aumentou em 138,4% as importações do Rio Grande do Sul (basicamente suínos e bovinos). Um detalhe curioso é a produção gaúcha de armas, que teve aumento de 18% nas exportações em 2012. O principal comprador são os Estados Unidos.
Para o presidente da FEE, Adalmir Antonio Marquetti, o Rio Grande do Sul pode recuperar, em 2013, a quarta posição no ranking dos estados exportadores, desde que hajam “condições de normalidade para a produção agrícola”. “O câmbio (dólar) vai estar acima de R$ 2,00, o que significa que muitos dos nossos produtos vão se tornar mais competitivos”, observou. Nos primeiros 11 meses do ano, as exportações gaúchas acumularam 16,3 bilhões de dólares.
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