Pelo sétimo mês consecutivo, Porto Alegre tem cesta básica mais cara do País

Pelo sétimo mês consecutivo, Porto Alegre tem cesta básica mais cara do País

Batata foi a vilã de março com alta de 12,63%

Cláudio Isaías

Pelo sétimo mês consecutivo, Porto Alegre tem cesta básica mais cara do País

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Pelo sétimo mês consecutivo, a cesta básica de alimentos de Porto Alegre é a mais cara do Brasil. Em março de 2017, a cesta calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) passou a custar R$ 437,22. Porto Alegre é seguida por São Paulo (R$ 435,34) e Florianópolis (R$ 433,70). Os menores valores foram registrados em Salvador (R$ 349,66) e Rio Branco (R$ 323,34). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela economista Daniela Sandi, do Dieese.

Na avaliação mensal, dos 13 produtos que integram o conjunto de alimentos essenciais, sete subiram de preço: a batata (12,63%), o tomate (6,31%), o leite (3,84%), a manteiga (2,24%), o pão (0,71%), o arroz (0,67%) e o café (0,67%). A elevação, segundo a economista, no preço do tomate é reflexo da queda na oferta e na qualidade e também da entressafra e no clima adverso. No caso da batata, a queda da oferta aconteceu por conta do clima. Em sentido inverso, cinco itens ficaram mais baratos: o feijão (-7,48%), a farinha (-4,46%), o açucar (-3,22%), a banana (-1,16%) e óleo de soja (-0,86%). A carne, produto de maior peso no gasto mensal foi o único item que não sofreu alteração de preço. Segundo Daniela Sandi, os preços da carne no mercado interno foram menores não só pela maior oferta por conta da queda das exportações (Operação Carne Fraca), mas também pela própria crise econômica.

No ano, seis itens registraram queda: a batata (-26,21%), o tomate (-21,33%), o feijão (-15,28%), a banana (-11,99%), a farinha de trigo (-9,07%) e o açúcar (-4,44%). Por outro lado, sete produtos subiram de preço: o óleo de soja (8,24%), a manteiga (5,83%), o leite (5,71%), o café (4,87%), o arroz (1,69%), a carne (0,71%) e o pão (0,59%). Em março, o custo dos alimentos aumentou em 20 das 27 capitais brasileiros, segundo dados da pesquisa de alimentos realizadapelo Dieese. As maiores altas foram registradas em algumas capitais do Nordeste: Teresina, Natal, Recife, São Luís e João Pessoa. As retrações mais expressivas foram observadas em Rio Branco e Cuiabá.

Com base na cesta de alimentos mais cara, que, em março, foi a de Porto Alegre, o Dieese avaliou que o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.673,09, ou 3,92 vezes o mínimo de R$ 937. Em fevereiro de 2017, o salário mínimo correspondeu a R$ 3.658,72, ou 3,90 vezes o mínimo. Em março de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.736,26, ou 4,25 vezes o piso vigente, que equivalia a R$ 880.

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