Pesquisa estima demora de 11 meses para recuperação do comércio em Porto Alegre

Pesquisa estima demora de 11 meses para recuperação do comércio em Porto Alegre

Fechamento de lojas foi determinado em função da pandemia do novo coronavírus

Correio do Povo

Porto Alegre segue com as portas do comércio não essencial fechadas

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Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre apontou que os lojistas estimam uma demora média de 11 meses para recuperação do comércio na capital gaúcha. O dado preocupa o setor, que deverá ter perdas significativas durante o ano de 2020 em função da pandemia do novo coronavírus. 

O levantamento indicou que 64% dos negócios, em especial pequenas e médias empresas, estão inativos desde que foi decretado o fechamento do comércio no Estado, e 36% ainda operam de modo online. 

Dos lojistas que continuaram suas atividades durante a crise, o WhatsApp foi apontado como canal principal para as vendas em comparação com as redes sociais, com 59,8% de uso para 40,2%. 

A pesquisa ainda pontuou a baixa presença do comércio da capital gaúcha no e-commerce: apenas 30,5% já realizavam vendas por este canal antes da pandemia. Ainda que em um período de impossibilidade das atividades físicas, 62,2% das lojas não buscaram essa alternativa (e-commerce) para continuar com suas operações.

"Estamos em contato constante com os empresários para entender como podemos ajudá-los a ultrapassar essa crise. Nossas ações buscam alternativas para reduzir os prejuízos e para termos condições de retomar nossas atividades assim que possível, pensando na saúde das pessoas e dos negócios”, comentou Paulo Kruse, presidente do Sindilojas Porto Alegre.

Questões trabalhistas

A respeito das opções existentes para as relações entre empregador e empregado, o levantamento apontou que 35,5% dos lojistas deram férias coletivas para seus funcionários e que 25,8% aplicaram demissões. Já 41,9% dos entrevistados ainda não haviam tomado nenhuma dessas duas decisões até o término da aplicação da pesquisa, em 14 de abril.

Quanto às medidas de redução da jornada de trabalho e suspensão temporária de contratos, esta última foi a que obteve mais ações até o momento, representando 42,3% das respostas. Apenas 27,8% dos lojistas afirmaram ter realizado a redução da jornada de trabalho. Outros 34,4% não utilizaram de nenhuma dessas medidas.  

Decreto estadual é prorrogado até 30 de abril 

Nessa quarta-feira, o governador Eduardo Leite determinou que irá prorrogar até 30 de abril o decreto estadual que prevê restrições ao funcionamento das atividades econômicas para as regiões metropolitanas de Porto Alegre. As demais cidades do Interior do Estado poderão flexibilizar a abertura de todos os setores do comércio, obedecendo os protocolos de higiene e de proteção. 

De acordo com Leite, não há a possibilidade da medida ser aplicada à região Metropolitana de Porto Alegre devido ao cenário epidemiológico acentuado. 


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