Petrobras não tem mais capacidade de atrair capital como no passado, diz Parente

Petrobras não tem mais capacidade de atrair capital como no passado, diz Parente

Executivo elogiou mais uma vez a iniciativa do governo de propor a alteração da Lei da Partilha

AE

Executivo elogiou mais uma vez a iniciativa do governo de propor a alteração da Lei da Partilha

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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, reiterou que a empresa "não tem mais capacidade de atrair capital como no passado", e que, portanto, não tem como arcar com responsabilidades como nos anos anteriores. Um exemplo seria o pré-sal. O executivo elogiou mais uma vez a iniciativa do governo de propor a alteração da Lei da Partilha e de acabar com a figura do "operador único", que era a estatal.

"O governo tem transformado a legislação para reduzir o custo do investimento. Todas as grandes empresas reconhecem as promessas do governo e as mudanças promovidas nessa área", afirmou Parente, em palestra durante o evento "International Conference - On the Economics of Oil", promovido pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-Rio). Em sua fala, o executivo ainda destacou que a "Petrobras é uma empresa de mercado". "Precisamos redefinir vários dos nossos negócios por isso. Somos uma empresa integrada de energia, com foco em petróleo e gás. Precisamos criar mais valor e capacidade técnica, que vai permitir à companhia vencer desafios, como na exploração no pré-sal", disse.

Plataformas

Parente destacou ainda a entrada de oito novas plataformas neste ano, que contribuirão para o crescimento da produção de petróleo - dos atuais 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia para 2,9 milhões de boe/d em 2020. "Os oito grandes sistemas (previstos para 2018) estão quase prontos. Estão 88% prontos. Estamos certos de que faremos isso acontecer", afirmou. O pré-sal, afirmou, tem papel especial no portfólio da companhia, por conta do baixo custo de produção e da perspectiva de queda da demanda daqui a alguns anos, o que fará com que só os projetos mais baratos sobrevivam.

Modelo de parcerias

O presidente da Petrobrás disse que espera anunciar "muito em breve" o modelo de parceria que vai adotar em suas refinarias. "Não quero definir uma data porque as horas são contra nós", afirmou. Parente argumentou que é mais difícil fechar parcerias em refino do que no segmento de exploração e produção, porque em E&P as parcerias são rotineiras, mas no refino, não. Em encontro com a imprensa neste mês, Parente ressaltou a dificuldade de definir a figura societária que será criada com a formação das parcerias no refino.

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