Petrobras: orientação para reter dividendos veio de Lula e seus auxiliares diretos, diz Prates

Petrobras: orientação para reter dividendos veio de Lula e seus auxiliares diretos, diz Prates

Executivo destacou que falar em "intervenção" na empresa é "querer criar dissidências, especulação e desinformação"

Estadão Conteúdo

Prates rebate afirmações sobre dividendos da Petrobras

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, rebateu em suas redes sociais, nesta quarta-feira, 13, questionamentos à administração da estatal em função da retenção de dividendos extraordinários promovida pelo Conselho de Administração. A decisão do colegiado, segundo ele, foi orientada pelo "presidente da República e pelos seus auxiliares diretos".

Prates escreveu que falar em "intervenção" na empresa é "querer criar dissidências, especulação e desinformação". Segundo ele, o mercado "ficou nervoso" que foram retidos dividendos extras a "caráter de adiamento e reserva".

Na semana passada, a estatal anunciou a retenção de dividendos extras, o que frustrou o mercado. Na sexta-feira, 8, a companhia chegou a perder R$ 56 bilhões em valor de mercado devido ao temor de ingerência política do governo na Petrobras. Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a petroleira não tem que pensar apenas em acionistas, mas em investimentos.

"É preciso de uma vez por todas compreender que a Petrobras é uma corporação de capital misto controlada pelo Estado brasileiro, e que este controle é exercido legitimamente pela maioria do seu Conselho de Administração. Isso não pode ser apontado como intervenção! É o exercício soberano dos representantes do controle da empresa", disse.

Ele defendeu ainda a escolha dos conselheiros indicados pela União e representante dos trabalhadores, que votaram em bloco pelo não pagamento dos proventos extraordinários. Exceção ao movimento, Prates, que é indicado da União, se absteve após a proposta de sua diretoria - de pagar 50% do valor e reter 50% - ter sido ignorada pelo colegiado.

"É legítimo que o CA se posicione orientado pelo presidente da República e pelos seus auxiliares diretos, que são os ministros. Foi exatamente isso o que ocorreu em relação à decisão sobre os dividendos extraordinários", continuou.

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Segundo Prates, quem não compreende ou não quer compreender essa dinâmica de uma companhia aberta de capital misto com controle estatal vê nisso "intervenção indevida".

"Vamos voltar à razão e trabalhar para executar, eficaz e eficientemente, o Plano de Investimentos de meio trilhão de reais que temos pelos próximos cinco anos, gerar empregos, renda, pesquisa, impostos e também lucro e dividendos compatíveis com os nossos resultados e ambições", finalizou o executivo.


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