PIB cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023, aponta IBGE

PIB cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023, aponta IBGE

Economia brasileira avançou 3,4% na comparação com o segundo trimestre do ano passado

Agência Brasil

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A economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os primeiros três meses do ano. O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, somou R$ 2,651 trilhões. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses. 

O maior crescimento foi da Indústria (0,9%), seguida pelos Serviços (0,6%). Já a Agropecuária recuou 0,9%. O crescimento na Indústria se deve aos desempenhos positivos de 1,8% nas Indústrias Extrativas, 0,7% na Construção, 0,4% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e 0,3% nas Indústrias de Transformação.

Nos Serviços, os resultados positivos foram de: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), Outras atividades de serviços (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,9%), Informação e comunicação (0,7%), Atividades imobiliárias (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e Comércio (0,1%).

Pela ótica da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias (0,9%) e a Despesa de Consumo do Governo (0,7%) cresceram, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo (0,1%) ficou estável em relação ao trimestre imediatamente anterior. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,9% e as Importações de Bens e Serviços subiram 4,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

De acordo com dados do IBGE, no segundo trimestre de 2023, a taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, ficando abaixo da observada no mesmo período de 2022 (18,3%). A taxa de poupança passou de 18,4% no segundo trimestre de 2022 para 16,9% em 2023. 

Crescimento frente ao 2º trimestre de 2022 

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 3,4% no segundo trimestre de 2023. O Valor Adicionado a preços básicos teve alta de 3,4% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram 3,3%.

A Agropecuária cresceu 17% em relação a igual período do ano anterior. Esse resultado pode ser explicado, principalmente, pelo bom desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre, tais como: soja (24,5%), milho (13,7%), algodão (10,2%) e café (5,3%).

A Indústria cresceu 1,5%, sendo que as Indústrias Extrativas registraram o melhor resultado (8,8%), em decorrência do aumento na extração de petróleo e gás e de minérios ferrosos. A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 4,8%, resultado influenciado pelo consumo residencial de energia e pela melhora nas bandeiras tarifárias. A Construção, por sua vez, variou 0,3%. Já a atividade de Indústrias de Transformação tem segunda queda consecutiva (-1,7%). Tal resultado decorreu do recuo na fabricação de produtos químicos, máquinas e equipamentos, produtos de madeira e aparelhos elétricos.

Os serviços avançaram 2,3% na mesma comparação. O melhor resultado foi de Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,9%), com destaque para os seguros, especialmente o de automóvel, de vida, riscos financeiros e patrimonial. As demais atividades também cresceram: Informação e comunicação (3,8%), Transporte, armazenagem e correio (3,4%), Atividades imobiliárias (2,8%), Outras atividades de serviços (2,4%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,6%) e Comércio (0,1%).

No segundo trimestre, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 3,0%. O resultado positivo foi influenciado pelo arrefecimento da inflação, pelos reajustes nos programas de distribuição de renda, pela melhora no mercado de trabalho e aumento do crédito, em termos reais, a pessoas físicas em relação ao segundo trimestre de 2022.

A Formação Bruta de Capital Fixo recuou 2,6% no segundo trimestre de 2023. Essa queda é justificada, principalmente, pela retração na produção de bens de capital que suplantou o crescimento das importações. A Despesa de Consumo do Governo teve alta de 2,9% em relação ao segundo trimestre de 2022.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços avançaram 12,1%, ao passo que a expansão das Importações de Bens e Serviços foi de 2,1% no segundo trimestre de 2023. Dentre as exportações, a expansão é explicada, principalmente, pelos produtos agropecuários, extrativa mineral e produtos alimentícios. Por outro lado, as importações cresceram, principalmente, devido às compras de máquinas e equipamentos; extração de petróleo e gás; máquinas e aparelhos elétricos.

PIB cresce 3,2% no acumulado em quatro trimestres

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2023 cresceu 3,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Essa taxa resultou da alta de 3,2% do Valor Adicionado a preços básicos e de 3,0% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (11,2%), Indústria (2,2%) e Serviços (3,3%).

Dentre as atividades industriais, a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (8,1%), as Indústrias Extrativas (3,5%) e a Construção (2,9%) se expandiram. Já as Indústrias da Transformação (0,0%) permaneceram estáveis.

Nos Serviços, houve resultado positivo em todas as atividades: Outras atividades de serviços (6,2%), Transporte, armazenagem e correio (5,6%), Informação e Comunicação (5,6%) Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,9%), Atividades imobiliárias (3,0%), Comércio (1,5%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,8%).

Na análise da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (1,7%) teve crescimento pelo décimo trimestre consecutivo. A Despesa de Consumo das Famílias e a Despesa de Consumo do Governo tiveram aumentos de 3,9% e 1,4%, respectivamente. Já no setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 9,8%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 4,9%.


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