PIB gaúcho acumula queda de 3,7% no primeiro semestre 2016

PIB gaúcho acumula queda de 3,7% no primeiro semestre 2016

No trimestre, desempenho do Rio Grande do Sul supera o do Brasil em agropecuária e indústria

Henrique Massaro

No trimestre, desempenho do Rio Grande do Sul supera o do Brasil em agropecuária e indústria

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A economia gaúcha registrou recuo no primeiro semestre de 2016. Segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), o Produto Interno Bruto (PIB) acumula queda de 3,7%. Porém, o resultado é favorável na comparação com o desempenho da economia no âmbito nacional, que teve queda de 4,6%. No trimestre, a taxa de crescimento foi de -3,1% em relação ao ano passado, quando o a recessão foi menor.

Na comparação, o trimestre gaúcho também é melhor que o brasileiro, que teve queda de 3,8%. O desempenho do Estado supera o do País nas grandes atividades como agropecuária (-0,8% no RS e -3,1% no Brasil), indústria (-2,5% e -3% respectivamente) e serviços (-2,0% e -3,3% respectivamente).

No setor industrial, a construção é o destaque positivo da FEE. Apesar da taxa de apenas 1% no trimestre, trata-se, para um setor com importância na geração de empregos e na estrutura econômica, do primeiro resultado de crescimento depois de redução.

O resultado no setor de agropecuária foi negativo: -0,8%. No entanto, na comparação com o primeiro trimestre, nota-se uma melhoria em virtude do desempenho da safra da soja. A pecuária, especificamente, também contribuiu positivamente. O Valor Adicionado Bruto (VAB) do setor foi prejudicado pelo arroz e pelo milho devido a problemas climáticos e redução de área de plantio, respectivamente.

Exportação cresce

O transporte foi o destaque positivo no setor de serviços, com crescimento de 1,4%. O comércio, por sua vez, registrou diminuição da queda trimestral. São -6,8% contra os -8,3% do primeiro trimestre deste ano. Além dos serviços, a indústria de transformação também demonstrou uma redução de peso na queda. Foram -5,3% neste semestre contra -7,6% do primeiro. A maior parte das atividades do setor teve melhora e crescimento. A exportação, por exemplo, cresceu 13,5% em volume trimestral.

Segundo o coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha, na comparação semestral, o pior foi o segundo semestre do ano passado, quando a economia caiu cerca de 6% no Estado. “Agora a gente está tendo um desempenho melhor de taxa trimestral. Tudo indica que o pior passou e que a gente está tendo um desempenho não tão ruim quanto o brasileiro”, comenta.

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