PIB gaúcho cai 4,1% no primeiro semestre de 2012
Dados da FEE apontam que agropecuária foi o setor com maior impacto negativo no desempenho da economia
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No entanto, ocorreu um crescimento nas atividades de construção civil (2,6%) e das demais indústrias (3,1%), enquanto a transformação, a atividade de maior peso no setor, variou negativamente 2,9%.
De acordo com o presidente da FEE, Adalmir Marquetti, a falta de matéria-prima agrícola em função da estiagem, retração das exportações e baixo desempenho da indústria nacional explicam o dado do setor no Rio Grande do Sul. “Para a queda, foram decisivos os maus resultados dos ramos de veículos automotores, alimentos, metalurgia básica, calçados e fumo”, comentou.
O economista Martinho Lazzari, coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, destacou o desempenho positivo da indústria de máquinas e equipamentos (22,5%). Lazzari explicou que o dado é resultado do otimismo dos agricultores para a próxima safra que ficou demonstrado no desempenho recorde de vendas na Expointer 2012. “Os produtores estão capitalizados de três safras recordes. Existe também a vantagem dos preços altos dos grãos”, ressaltou.
Destaque positivo para o setor de refino de petróleo (10,5%) e mobiliário (11,0%). No setor serviços, segundo Lazzari, ocorreu um crescimento de 3,3% no semestre. Destaques para as taxas do comércio (2,3%), transportes (5,8%), aluguéis (2,9%) e administração pública (3,7%).
No segundo trimestre de 2012, em comparação com o mesmo período de 2011, o PIB do Estado apresentou redução de 6,8%. A agropecuária caiu 46,4% e a indústria, 3,1%. Em contrapartida, os serviços cresceram 2,8%.
No acumulado em quatro trimestres, o PIB gaúcho cresceu 0,3%. Setorialmente, houve retração na agropecuária (-26,7%) e expansão na indústria (0,5%) e nos serviços (4,2%). Na comparação com o primeiro trimestre de 2012, na série com ajuste sazonal, o PIB do segundo trimestre de 2012 sofreu recuo de 4,3%. Agropecuária (-31,1%) e indústria (-2,0%) caíram. Serviços cresceram 0,6%.