Porto Alegre registra maior alta no rendimento médio no primeiro semestre, diz pesquisa

Porto Alegre registra maior alta no rendimento médio no primeiro semestre, diz pesquisa

Levantamento do Ipea apontou que taxa apresentou aumento de 4,4%

Correio do Povo

publicidade

Porto Alegre foi destaque quanto ao rendimento médio no primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano passsado. A região Metropolitana registrou variação positiva de 4,4%, segundo "Boletim de Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise n° 55" divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com exceção de Salvador que apresentou redução de 8,3%, as demais capitais apresentaram alta na renda, mas ficaram atrás de Porto Alegre. Belo Horizonte registrou variação positiva de 1,6%; Recife de 2,1%; São Paulo de 2,3%; e Rio de Janeiro de 2,2%. 

O rendimento médio real registrou um ganho médio de 1,5% no primeiro semestre de 2013 em comparação ao mesmo período de 2012, ficando em torno de R$ 1.875,2 e registrando o valor de R$ 1.869,2 em junho. “Apesar de se manter em patamares superiores em comparação com os anos anteriores, o rendimento real aumentou apenas entre janeiro e fevereiro e entrou em uma suave trajetória de declínio desde então”, comparou o diretor-adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Carlos Henrique Corseuil. 

A elevação dos rendimentos entre os primeiros semestres de 2012 e 2013 foi registrada para os trabalhadores com e sem carteira assinada (1,8% e 5,5%, respectivamente). Os trabalhadores do setor público e por conta própria apresentaram decréscimo de 0,6% e 0,3%, respectivamente. No plano regional, entre os semestres analisados, com exceção de Salvador, todas as regiões Metropolitanas registraram variações positivas

O estudo aponta ligeiro desaquecimento do desempenho do mercado de trabalho metropolitano brasileiro, mesmo com os indicadores ainda situados em patamares satisfatórios e apresentando médias para o primeiro semestre melhores que o observado no mesmo período de 2012. “A taxa de desocupação apresentou uma tendência de crescimento nos seis primeiros meses de 2013, comportamento que não havia sido observado nos anos imediatamente anteriores”, afirmou Corseuil.

O diretor-adjunto destacou que a marca de 6% em junho ainda é das menores na história recente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), sendo a segunda menor observada para esse mês – a menor foi justamente no ano anterior. A população ocupada cresceu em média 1,2% de janeiro a junho, em relação ao mesmo período do ano anterior, com uma geração de 272 mil postos de trabalho.

Trabalho do jovem

Motivado por temas como o lançamento do Estatuto da Juventude, das mobilizações sociais e da Jornada Mundial da Juventude, o Boletim investigou o trabalho do jovem. Os resultados mostram que os estabelecimentos em setores de alta rotatividade tendem a empregar uma parcela maior de trabalhadores jovens. O estudo informa que o jovem costuma entrar pela “porta errada” no mercado de trabalho: a dos contratos mais instáveis. “A rotatividade dos jovens no mercado de trabalho formal brasileiro conclui que essa dificuldade geralmente está relacionada ao grande fluxo de saída de empregos”, atestou Corseuil.

Segundo ele, esse fluxo pode ser o sinal de curtos períodos de trabalho, geralmente associados à baixa qualidade do posto de serviços ou a baixos níveis de formação dos trabalhadores. Uma forma de empregos instáveis, muitas vezes apontados como parcialmente responsáveis pela deterioração das relações de trabalho no país, é a oferecida por algumas cooperativas que se aproveitam de uma brecha da legislação para evitar a concessão de direitos trabalhistas a trabalhadores que na verdade atuam como empregados.

Bookmark and Share

Empreendedor criou negócio para oferecer a receita ‘perfeita’ de xis em Porto Alegre

Quinta unidade inaugurada desde 2020 tem no cardápio lanches, petiscos e pratos

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895