Porto Alegre registra o maior aumento da cesta básica em maio
Dieese apontou variação de 3,87% e valor passou de R$ 426,93 para R$ 443,46
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Avaliando os 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, 10 subiram de valor em Porto Alegre. A batata teve o maior aumento, com 19,87%, seguido de perto do tomate, com 17,43% e leite, com 4,60%. Três alimentos tiveram redução de valor: o óleo, com -4,05%; o açúcar, com -1,06%, e o pão, com -0,24%.
Cesta básica fica mais cara em 17 das 21 capitais pesquisadas pelo Dieese
Curitiba foi a segunda cidade com maior aumento, 3,46%, e Brasília as terceira, com 3,25%. Já as quedas mais significativas ocorreram em Florianópolis, com -4,09%, Fortaleza, com -2,60%, e Rio Branco, com -2,49%.
No acumulado do ano, de janeiro a maio, ocorreu queda apenas em Florianópolis (-0,81%). Entre as localidades com as maiores correções estão: Goiânia (14,80%), Belém (14,50%), Aracaju (12,78%), Salvador (12,69%) e João Pessoa (11,29%). Já as menores variações ocorreram em Campo Grande (3,39%), Porto Velho (3,84%) e Porto Alegre (4,49%).
Pelos cálculos do Dieese, para suprir as necessidades básicas de uma família, o salário mínimo ideal deveria ser equivalente a R$ 3.777,93, valor 4,29 vezes superior ao mínimo de R$ 880 em vigor. Esse valor ficou acima do apurado em abril, quando o mínimo ideal foi estimado em R$ 3.716,77, ou 4,22 vezes o piso vigente.
O tempo médio necessário de trabalho foi calculado em 97 horas, superior ao estimado em abril (96 horas e 26 minutos).
Entre os produtos com avanço de preços estão: farinha de mandioca, coletada no Norte e Nordeste, feijão, leite, manteiga e batata, pesquisados na Região Centro-Sul. Em sentido oposto, houve queda no caso do óleo de soja e da banana na maioria das localidades.
A pesquisa indicou que o feijão ficou mais caro em 24 capitais. O preço do tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, apresentou variações entre 0,92%, em João Pessoa, e 13,93%, na capital mineira. Com oferta reduzida por causa de geadas no Sul do país, o feijão-preto, pesquisado nas capitais dos estados do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, ficou mais caro apenas em Curitiba (0,86%) e Porto Alegre (0,18%). Houve estabilidade na capital capixaba e recuo de 1,42% na capital carioca e de 5,03%, em Florianópolis.
O leite, que está em período de entressafra, teve elevação de preço em 21 cidades, com destaque para Campo Grande (7,24%), Florianópolis (5,19%) e Rio de Janeiro (4,98%). As quedas mais expressivas ocorreram em São Paulo (-1,06%), Macapá (-1,04%), Boa Vista (-0,78%), Rio Branco (-0,56%) e Aracaju (-0,54%).
A manteiga ficou mais cara em 22 localidades. As maiores altas foram em Curitiba (10,87%), Palmas (9,95%), São Luís (9,84%) e Vitória (9,78%). As reduções mais expressivas ocorreram em Campo Grande (-12,27%) e Manaus (-6,89 %).
O preço da batata aumentou em 11 cidades do Centro-Sul, com variações entre 1,40%, em Goiânia, e 20,15%, em Brasília. De acordo com a análise técnica do Dieese, geadas no Sul e chuvas em outras áreas produtoras reduziram a oferta do tubérculo.
O preço da banana caiu em 19 cidades, entre as quais Belo Horizonte (-18,51%) e Rio de Janeiro (-13,18%). As altas variaram entre 0,92%, em Salvador, e 6,02%, em Manaus.