Porto Alegre segue com cesta básica mais cara do País
Produtos essenciais custavam R$ 418,82 em dezembro
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A cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 20,16% em 2015 passando de R$ 348,56 em dezembro de 2014 para os atuais R$ 418,82. A economista Daniela Sandi, do Dieese, disse que os produtos in natura tiveram as altas mais expressivas no ano passado. Dos 13 produtos pesquisados, doze registraram alta em 2015: a batata (63,88%), o tomate (51,03%), o açúcar (40,12%), a banana (24,94%), o óleo de soja (21,24%), o café (16,32%), a manteiga (15,91%), a carne (15,45%), o leite (11,76%), o arroz (6,84%), o pão (5,90%) e a farinha (3,04%). O único item que apresentou recuo de preço foi o feijão (-4,33%).
Na avaliação mensal, dos 13 produtos que compõem a cesta de alimentos, oito registraram alta: o tomate (20,77%), o café (8,56%), o açúcar (8,56%) a batata (8,29%), a manteiga (3,39%), o óleo de soja (3,06%), o café (2,01%) e a farinha (0,30%). Em sentido inverso, quatro itens caíram de preço: o feijão (- 2,57%), o leite (-1,80%), o pão (-1,34%) e a carne (- 0,69%).
Em dezembro, o valor da cesta básica representou 57,77% do salário mínimo dos trabalhadores, contra 55,81% em novembro de 2015 e 52,33% em dezembro de 2014. A variação da cesta básica no período do Plano Real ficou em 528,39%, enquanto a inflação medida pelo INPC/IBGE acumulou 439,60% e o salário mínimo registrou alta de 1.116,24% (variação nominal).
Salário mínimo
Segundo cálculos do Dieese, em dezembro o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas - tendo como base a cesta mais cara do mês e levando em consideração determinações constitucionais para suprir despesas básicas - deveria equivaler a R$ 3.518,51, ou 4,47 vezes o mínimo até então vigente, de R$ 788. O valor correspondia a R$ 2.975,55 em dezembro de 2014, ou 4,04 vezes o mínimo da época (R$ 724).