Porto Alegre segue com cesta básica mais cara do País, aponta Dieese

Porto Alegre segue com cesta básica mais cara do País, aponta Dieese

Alimentos essenciais tiveram alta de 0,90% em abril<br />

Claudio Isaías / Correio do Povo

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Em abril, a cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 0,90%, passando de R$ 356,17 em março de 2014 para os atuais R$ 359,37. O valor manteve a capital gaúcha com o maior valor do País. A taxa verificada em abril de 2013 foi de -3%. Na avaliação mensal, dos 13 produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, dez registraram alta em abril.

A economista Daniela Sandi, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na apresentação dos dados destacou que as maiores altas foram verificadas na batata (18,91%), na banana (12,63%) e no leite (7,84%). Dos três produtos que ficaram mais baratos, o tomate apresentou o maior recuo (-10,36%).

Nos primeiros quatro meses de 2014, a cesta ficou 9,17% mais cara. Dos 13 produtos pesquisados, dez registraram aumento, sendo as maiores altas verificadas nos produtos in natura: tomate (30,32%), batata (23,40%) e banana (19,55%). Dos três produtos que apresentaram recuo, o açúcar apresentou a maior queda (-2,79%). Em 12 meses, a cesta acumula alta de 15,08%. A carne, produto com o maior gasto mensal ficou 13,59% mais cara. Dos quatro produtos que caíram de preço, o açúcar apresentou o maior recuo (-5,95%).

A alta nos preços dos alimentos essenciais, em abril, continuou a predominar em quase todas as 18 capitais onde a pesquisa foi realizada. A única retração foi registrada em Goiânia (-41%). Porto Alegre foi a capital onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 359,37), apesar de a variação verificada ser a oitava menor, 0,90% em relação a março. Na sequência aparecem São Paulo (R$ 357,85), Florianópolis (R$ 351,66) e Vitória (R$ 351,27). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 238,04), João Pessoa (R$ 270,15) e Salvador (R$ 274,38).

Com base no custo apurado para a cesta de Porto Alegre, uma família formada por quatro pessoas deveria receber um salário mínimo de R$ 3.019,07, ou seja, 4,17 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em março, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 2.992,19, ou 4,13 vezes o piso vigente. Em abril de 2013, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.892,47.

O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em abril, cumprir uma jornada de 109h12min para adquirir os alimentos básicos. A jornada de abril foi maior do que a registrada em março que chegou a 108h14min.

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