Porto Alegre segue com cesta básica mais cara do País, indica Dieese
Com alta de 9,3%, tomate voltou a pesar no bolso do consumidor em novembro
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Cinco produtos em especial pesaram mais no bolso do consumidor. O principal deles foi o tomate, que teve alta de 9,3%. O aumento está relacionado às condições climáticas que afetam a produção e a redução no volume de produto disponível, explicou a economista do Dieese, Daniela Sandi.
O açúcar e o pão também ficaram mais caros para os consumidores. Os clientes encontraram, porém, algumas reduções, como na batata, que ficou 4,62% mais barata; no café (-3,85%) e no leite (-3,81%). Apesar das variações de preço dos produtos ao longo do ano, a cesta básica acumulou alta de 11,6%, apontando para um reajuste médio dos preços. Segundo a economista, a redução de tributação feita pelo governo federal, em março deste ano, pode ter auxiliado para que o aumento não fosse maior, mesmo sem poder precisar o impacto das desonerações.
A verdade é que a população precisa trabalhar mais para comprar os itens considerados básicos de alimentação. O custo da cesta básica representa 52,70% do salário mínimo líquido, sendo que em novembro do ano passado, representava 50,12%. Em carga horária, isso significa que o trabalhador precisa cumprir uma jornada de 106h40min para adquirir os produtos básicos.
A elevação no custo da cesta básica não foi exclusiva em Porto Alegre. De acordo com o DIEESE, das 18 capitais pesquisadas, 15 apresentaram reajustes. As maiores elevações ficaram em Fortaleza, com 3,47%; Florianópolis e Belo Horizonte, com 2,67%. Foi registrado redução em Goiânia, Aracaju e Recife.